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Curso de Práticas Restaurativas é ofertado à distância pela Promotoria Regional de Educação de Santa Maria

Curso de Práticas Restaurativas é ofertado à distância pela Promotoria Regional de Educação de Santa Maria

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A 7ª edição do curso de iniciação em Práticas Restaurativas: a Educação Entrelaçando Redes, promovido pela Promotoria de Justiça Regional de Educação de Santa Maria (Preduc-SM), por conta das medidas de isolamento social, em consequência da pandemia da Covid-19, ocorreu na modalidade virtual, pela primeira vez. O curso é ofertado gratuitamente aos 44 municípios de abrangência da Preduc desde 2014.

Além da modalidade virtual, outra diferença, neste ano, foi a oferta do curso somente para municípios que já implementaram as Práticas Restaurativas no ambiente escolar por meio de lei municipal, abrangendo profissionais das redes públicas e privadas de educação e da Rede de Apoio à Escola (RAE). Além de Santa Maria, os seis outros municípios que possuem leis são: São João do Polêsine, Restinga Sêca, Agudo, São Sepé e Santiago.

Para a promotora titular da Preduc-SM, Rosangela Corrêa da Rosa, “a continuidade do trabalho com as práticas restaurativas, durante a pandemia, é importante porque, além de propiciar ao professor uma ferramenta para a prevenção e solução de conflitos, também possibilita uma vivência de diálogo, tão importante nesse momento de distanciamento. Sabemos que está sendo difícil e desafiador para os professores a organização de atividades não presenciais e o domínio da tecnologia, ao mesmo tempo que precisam dar conta das demandas da sua vida familiar.” Segundo a promotora, as práticas restaurativas possibilitam falar dessa situação e ressignificar o trabalho que realizam, de forma virtual. “Acreditamos que, com os cursos, temos contribuído com a construção de um agir colaborativo na educação”, destacou Rosangela.

Em São João do Polêsine, o curso iniciou em fevereiro ainda na modalidade presencial, com dois encontros, tendo a continuidade na modalidade online, com a participação de 50 profissionais. “Entendemos que é importante a busca do diálogo entre as partes do processo, utilização de uma comunicação não violenta e a realização de atividades pedagógicas restaurativas. Em nosso município, todos os envolvidos na educação tiveram a oportunidade de realizar o curso”, ressaltou Flávia Regina Coradini, coordenadora pedagógica das escolas municipais. Ainda, a Câmara Municipal de Vereadores fez Moção de Agradecimento à promotora Rosangela e à facilitadora do curso, a assessora da Preduc Isabel Cristina Martins Silva.

No município de São Sepé, cerca de 70 pessoas participaram da capacitação virtual. De acordo com Paula Machado, secretária municipal de Educação, a realização do curso foi extremamente promissora para os profissionais. “De forma geral, os professores demonstraram satisfação em participar do curso, que possibilitou reconhecer os passos para aplicação dos círculos de construção de paz. Também consideraram os encontros muito encorajadores a fim de constituir cada um deles como facilitadores dos círculos”, afirmou a secretária.

O curso foi realizado em conjunto nos municípios de Restinga Sêca e Agudo. Para Antonina Garcia Cavalheiro, secretária de Educação de Restinga Sêca, “em um momento tão difícil como esse, em que todos e todas estão angustiados, duvidosos e sem perspectivas, surgiu a operacionalização do curso, que em princípio seria para poucos profissionais do município. Para a nossa surpresa, foi proposto um curso online, pleno de bons resultados, pudemos refletir e aprender com muita calma e concentração todos os princípios da comunicação não violenta”, comentou.

Juliana Tronco Cardoso, juíza titular da Comarca de Restinga Sêca, corroborou a importância da realização da atividade. “Foi uma oportunidade ímpar porque possivelmente a maioria dos participantes não teria condições de fazer um deslocamento para um curso presencial e nem teríamos um número tão grande de vagas”, avaliou a juíza.

Para Flaviana Andréa Grabner, coordenadora pedagógica da Secretaria de Educação de Agudo, neste momento de isolamento social, a presença se mostra ainda mais importante, principalmente no âmbito escolar. “A partir da formação, os núcleos de práticas restaurativas de cada escola poderão iniciar os seus estudos e criar espaços de diálogos permanentes a seus professores, crianças e jovens e a suas famílias, também a promoção de atividades preventivas por meio dos círculos de diálogos”, ressaltou.

O professor José Luís, da 8ª Coordenadoria Regional de Educação (8ª CRE) afirmou que, nas escolas em que são implementadas as Práticas Restaurativas, através das professoras capacitadas nos cursos, verificou-se que essas competências são desenvolvidas através da criação de espaços seguros de diálogo, respeito e cooperação. Assim, há uma melhora no ambiente escolar, com o desenvolvimento de habilidades que mudam a forma de como nos relacionamos conosco, com os outros e com o mundo”.

Os cursos foram realizados no período de fevereiro a julho e foram ministrados pela facilitadora Isabel Cristina Martins Silva, que também desenvolveu os seminários de Sensibilização em Práticas Restaurativas e Comunicação Não Violenta, com a participação do facilitador Jeferson Cappellari, autor do livro “ABC do Girafês”.

Nos municípios de Santa Maria e Santiago, estão previstas turmas para iniciarem o curso de Práticas Restaurativas no período de final de agosto e início de setembro.



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