Lançada a X Jornada contra a Violência e a Exploração Sexual
Juntamente com o Ministério Público, a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa e a Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho, a Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos lançou, na manhã desta sexta-feira, 18, no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa, a X Jornada Estadual contra a Violência e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
Dando ênfase, nesta edição, ao fortalecimento da rede de atendimento, a Jornada segue buscando a redução do número de crianças e adolescentes vítimas de abusos no Rio Grande do Sul, através da sensibilização e mobilização da sociedade gaúcha acerca do tema. O evento percorrerá seis cidades, levando informações e colhendo denúncias sobre os crimes envolvendo crianças e adolescentes. Alvorada, Guaíba, São Leopoldo, Montenegro, Santana do Livramento e São Borja são os municípios que receberão a Jornada em 2012.
Na abertura do evento, o promotor de Justiça da Infância e Juventude de Porto Alegre, Alexandre Spizirri, lembrou que, apesar das conquistas já alcançadas pela Jornada nestes dez anos, muitas delas não são reconhecidas por algumas pessoas que trabalham na área. Deu como exemplo o chamado “depoimento sem dano”, método de coleta de depoimento de crianças envolvidas em casos de abusos sexuais, reconhecido pelo Conselho Nacional de Justiça, o qual algumas pessoas ainda tendem a não utilizar. “Temos que estar atentos, não só para ampliar, quanto para manter as conquistas”, destacou Spizirri.
Conforme informações da SJDH, no ano passado, os crimes sexuais somaram 3.914 no Estado. Desses, 1.895 eram menores de 12 anos e 2.019 tinham idades entre 12 e 17 anos. O crime com mais ocorrências foi o de estupro, somando 2.655 casos.
PALESTRA DE ABERTURA
A palestra de abertura foi proferida pelo secretário-adjunto de Justiça e Direitos Humanos do Estado, Miguel Velasquez, que pediu união entre os Poderes e entidades representativas dos Direitos Humanos para combater a violência contra crianças e adolescentes.
“O ser humano tem sua fase de maior aprendizado de zero a seis anos e os castigos afetam o desenvolvimento delas. Por isso, todos temos um papel importantíssimo. O que as nossas crianças não precisam é quem chore por elas. Um pais socialmente desenvolvido protege suas crianças”, afirmou Velasquez.
Também fizeram parte da mesa de lançamento da X Jornada o secretário da Justiça e Direitos Humanos, Fabiano Pereira; o coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Criança e do Adolescente e da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia, Miki Breier; a secretária de Políticas para Mulheres, Márcia Santana; o juiz Daltoé Cezar; a vereadora de Porto Alegre, Maria Celeste; o coordenador da Fundação Mauricio Sirotsky Sobrinho, Jeferson Santos; a presidente do Cedica, Márcia Herbertz; a presidente Comitê Nacional da Criança e do Adolescente, Mariza Alberton; o coordenador do Fórum dos Estudantes Adolescentes, Vanderson Silveira; e a representante da Conferência Nacional de Mulheres do Brasil, Carolina Alencar.
