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Santo Antônio da Patrulha: MPRS e BM desencadeiam Operação Retomada 2, para combater tráfico de drogas em condomínio

Santo Antônio da Patrulha: MPRS e BM desencadeiam Operação Retomada 2, para combater tráfico de drogas em condomínio

ceidelwein

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) e a Brigada Militar em Osório desencadearam nesta terça-feira, 7 de fevereiro de 2023, a segunda fase da Operação Retomada, para combater o tráfico de drogas e a associação para o tráfico de drogas em um condomínio residencial do Programa Minha Casa, Minha Vida em Santo Antônio da Patrulha. São cumpridos três mandados de prisão em Santo Antônio da Patrulha e outros 19 mandados de busca e apreensão: oito dentro do condomínio e 11 em outros endereços, sendo sete em Santo Antônio da Patrulha, dois em Caraá e dois na Penitenciária Modulada Estadual de Osório.

A operação é conduzida pelos promotores de Justiça Camilo Vargas Santana, de Santo Antônio da Patrulha, e João Afonso Silva Beltrame, coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Pela Brigada Militar, lideram a ofensiva os comandantes do Comando Regional de Polícia Ostensiva do Litoral (CRPO Litoral), coronel Sergio Gonçalves dos Santos, e do 8º Batalhão de Polícia Militar (8º BPM), major Luiz Cesar Lima dos Santos.

A ofensiva desta terça-feira é resultado das provas coletadas durante a primeira fase da operação, realizada em agosto de 2022, quando foram presas 20 pessoas. Os elementos coletados naquele dia demonstraram a existência de outras pessoas envolvidas e que continuavam a atuar no tráfico de drogas. A investigação mostrou também que, após a realização da Operação Retomada, os integrantes da facção alteraram o modus operandi, passando a vender entorpecentes fora das dependências do residencial, em pontos de fácil acesso pelos fundos do condomínio, embora ainda houvesse imóveis sendo ocupados pelos traficantes. Apurou-se ainda que parte da facção atuava diretamente na venda, recolhimento do dinheiro obtido e armazenamento da droga, enquanto outras pessoas foram identificadas como responsáveis pelo transporte dos integrantes da facção e de entorpecentes, sendo um dos investigados o proprietário de uma comunidade terapêutica destinada ao tratamento de dependentes químicos.

“Embora a Operação Retomada tenha conseguido retirar grande parte dos agentes envolvidos no tráfico, sabemos que as facções criminosas sempre buscam restabelecer seu domínio territorial. É o que estava acontecendo, na medida em que novas pessoas ligadas ao grupo atuavam no residencial”, esclarece o promotor de Justiça Camilo Vargas Santana.

O coordenador do Gaeco, João Afonso Silva Beltrame, explica que essa nova fase da operação se mostrou necessária após o avanço das investigações. “Os elementos analisados demonstraram fortes indícios de que os agentes continuavam atuando no condomínio e nos arredores, o que foi determinante para esta nova investida, em que estamos buscando mais provas para responsabilizar outras pessoas”, afirma.


RELEMBRE A OPERAÇÃO RETOMADA

Em 5 de agosto de 2022, o Ministério Público do Rio Grande do Sul e a Brigada Militar em Osório desencadearam a Operação Retomada para combater o tráfico de drogas e a associação para o tráfico de drogas no condomínio. Além de armazenar drogas em apartamentos próprios e alugados, o grupo também obrigava moradores, mediante ameaça, a guardarem os entorpecentes, havendo inclusive casos de pessoas que precisaram abandonar seus apartamentos.

A investigação verificou que a facção, comandada por dois irmãos recolhidos na Penitenciária Modulada Estadual de Charqueadas, trazia a droga de Canoas e a estocava em residências próximas e em apartamentos dentro do residencial. O grupo adquiriu ou alugou cerca de 20 apartamentos, os quais eram utilizados para moradia, fracionamento e armazenamento de drogas. A venda dos entorpecentes ocorria em frente ao condomínio, à luz do dia, e os moradores que não colaborassem com essa prática eram obrigados a deixar o local. Além disso, perpetuava a lei do silêncio, pois os moradores não se sentiam seguros em denunciar os envolvidos com o tráfico de drogas no local, por medo de represálias.


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Fotos: Tiago Coutinho | MPRS




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