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Operação F5-I amplia investigações sobre fraude na fila do SUS em Ivoti

marco

A Procuradoria de Prefeitos, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em residências da cidade de Ivoti na manhã desta terça-feira, 7. A Operação F5-I avança nas investigações, que culminou na denúncia da prefeita eleita de Ivoti, Maria de Lourdes Bauermann, além da correligionária Irani Weber, moradora de Ivoti, e Magali Vitorina da Silva, vereadora eleita de Taquara, pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informações. A Operação, coordenada pelo promotor de Justiça Pedro Jardel Coppeti, conta com apoio do CRPO do Vale do Sinos.

Desta vez, os mandados são cumpridos nas casas de outros quatro correligionários de Maria de Lourdes. A Operação F5 foi deflagrada pela Promotoria de Justiça Especializada Criminal em outubro do ano passado, quando foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em residências de Ivoti e outro em um posto de saúde de Taquara. Conforme a denúncia, elas inseriram informações falsas no sistema de marcação de consultas no Sistema Único de Saúde (SUS) em Taquara de pacientes residentes em Ivoti, com o objetivo de agilizar o atendimento deles em unidades hospitalares da Capital.

ENTENDA O CASO

Entre abril de 2013 e novembro de 2015, Maria de Lourdes Bauermann e Irani Weber angariavam moradores cadastrados no SUS, em Ivoti, com problemas médicos e prometiam a elas o agendamento de consultas, exames e procedimentos de saúde de forma mais rápida e eficaz. Maria de Lourdes e Irani, de forma continuada e sucessiva, por intermédio de contatos pessoais, conversas telefônicas ou mensagens via WhatsApp e Facebook, repassavam os dados dos pacientes para a comparsa Magali Vitorina da Silva.

Por sua vez, Magali, na condição de servidora pública da Secretaria Municipal de Saúde de Taquara com atribuição para operar o sistema informatizado de regulação estadual, o Aghos, inseria no sistema os dados dos pacientes como se fossem residentes de Taquara, atribuindo a todos endereços falsos e inexistentes. Assim, eram viabilizadas as consultas, exames e procedimentos pelo SUS, agendados de forma mais célere do que conseguiriam em Ivoti.

As investigações mapearam 14 casos, como cirurgias plásticas nas pálpebras e no nariz, consultas oftalmológicas agendadas para duas semanas depois da marcação (a espera, em regra, é superior a um ano), além de uma consulta com oncologista marcada para 15 dias depois da inserção no sistema.



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