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Operação “Blindagem” combate sonegação de ICMS no setor lácteo

Operação “Blindagem” combate sonegação de ICMS no setor lácteo

juarezsn
Atualizada às 13h30min

As Promotorias de Justiça Especializada no Combate aos Crimes Contra a Ordem Tributária de Porto Alegre e de Casca, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – Gaeco Segurança Alimentar e a Receita Estadual, cumprem nesta terça-feira, 16, seis mandados de busca e apreensão em Casca, Nova Araçá e São Domingos do Sul. A Operação “Blindagem” tem o objetivo de desarticular um grupo empresarial voltado à sonegação de ICMS. Apenas uma das investigadas, a C&P Indústria de Laticínios Ltda., sonegou mais de R$ 66 milhões.

Haverá entrevista coletiva à imprensa às 11h na Promotoria de Justiça de Passo Fundo (Rua Bento Gonçalves 720 - Centro), para ampliar as informações a respeito das investigações.

Participam da Operação o Promotor de Justiça de Combate aos Crimes Contra a Ordem Tributária, Aureo Gil Braga; o Coordenador do Gaeco Segurança Alimentar Alcindo Luz Bastos da Silva Filho; o Promotor de Justiça de Casca, Damásio Sobiesiak; bem como fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As buscas e apreensões são executadas pelo Gaeco e por agentes fiscais da Receita Estadual.

Confira trechos da Operação Blindagem:

INVESTIGADO JÁ HAVIA SIDO PRESO

De acordo com Aureo Gil Braga, que coordena a Operação, o esquema criminoso é comandado pelo suspeito Flávio Mezzomo, que havia sido preso preventivamente em 2012 e responde, junto a outros seis réus, a um processo-crime na Comarca de Casca por sonegação fiscal de ICMS, falsidade ideológica e formação de quadrilha. Nas condutas criminosas, o grupo, através das empresas L&P Distribuidora de Laticínios, Laticínios Casquense, Laticínios Princesul e C&P Indústria de Laticínios, efetuou o calçamento de notas fiscais, utilizou créditos falsos, realizou vendas subfaturadas, omitiu ou escriturou valores inferiores nos documentos, notas, livros fiscais e condutas afins, ocultando as reais transações comerciais ao fisco gaúcho.

Os trabalhos da Operação “Blindagem” buscam detectar outras fraudes fiscais e a utilização de laranjas e empresas de fachada pelo grupo. O apurado aponta ainda para os crimes de lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio e a “blindagem patrimonial”. Além da concorrência desleal e do prejuízo causado ao segmento lácteo, os cofres públicos estaduais não receberam o ICMS pago pelos consumidores, que foi apropriado criminosamente pelos investigados.

Os crimes fiscais e os de lavagem de capitais têm penas de prisão de dois a cinco anos e de três a dez anos, respectivamente, além de multa, sequestro e perdimento de bens.

INÍCIO DAS INVESTIGAÇÕES

Os trabalhos iniciaram a partir de informações obtidas pela Receita Estadual de Passo Fundo, que detectou as fraudes e lavrou os autos de lançamento. Posteriormente, o MP deu prosseguimento às investigações inerentes aos crimes fiscais, o que culminou com o início de processos-crime e o cumprimento das medidas em curso.

Ouça aqui a Rádio MP.



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