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Comitiva Paraguaia conhece experiência gaúcha da Justiça Restaurativa

Comitiva Paraguaia conhece experiência gaúcha da Justiça Restaurativa

marco
Visita aconteceu nesta quinta-feira, 18, na sede do Ministério Público gaúcho

Uma comitiva formada por integrantes do Poder Judiciário do Paraguai veio ao Rio Grande do Sul para conhecer os detalhes da prática da Justiça Restaurativa. O Estado gaúcho é, no Brasil, uma referência na aplicação do método, apontado pela Organização das Nações Unidades como um dos modelos mais eficientes para a resolução de conflitos, firmado em valores. O grupo foi recebido pela procuradora-geral de Justiça, Simone Mariano da Rocha, e por membros do Ministério Público e profissionais vinculados ao projeto Justiça para o Século 21, que esclareceram detalhes da experiência de Porto Alegre.

Com o objetivo de implantar sistema semelhante no Paraguai, especialmente na solução de conflitos existentes nas áreas rurais do país, a equipe liderado pelo ministro da Suprema Corte paraguaia, Miguel Oscar Bajac, veio compreender como a Justiça Restaurativa está sendo aplicada. “Vamos instalar o método junto ao Sistema Nacional de Facilitadores Judiciais Rurais e trabalhar para convencer as autoridades da Corte para que apoiem este projeto”, diz o Ministro. Ele também elogiou a postura do Ministério Público “de não adotar uma função somente de condenar e condenar, mas também de buscar o equilíbrio e a paz social”.

“Este é um desafio para o Ministério Público, Judiciário e demais parceiros que trabalham pelo desenvolvimento da Justiça Restaurativa”, destacou a Procuradora-Geral de Justiça. “É uma inovação, uma mudança de paradigmas que prima por valores novos, que traz resultados mais efetivos, o que se pode perceber, por exemplo, pela queda na reincidência dos jovens que participam do método”, explica Simone Mariano da Rocha.

Segundo dados levantados pela PUCRS, que acompanha a prática da Justiça Restaurativa em Porto Alegre, a queda na reincidência chega a 23%. Porto Alegre possui quatro núcleos de Justiça Restaurativa, localizados nas comunidades de maior vulnerabilidade da capital gaúcha: Restinga, Vila Cruzeiro, Vila Bom Jesus e Lomba do Pinheiro.

“Nós estamos muito confiantes com a aplicação da Justiça Restaurativa, principalmente como alternativa na resolução de conflitos de menor potencial ofensivo, e esperamos que cada vez mais ela seja ampliada no Estado”, diz a coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Infância e da Juventude, Maria Ignez Franco Santos.

Também integraram a comitiva, o diretor do Projeto do Sistema Nacional de Facilitadores Judiciais do Paraguai, Rigoberto Zarza, a coordenadora do Sistema, Katherine Aquino, e os relatores do Ministro, Juan Carlos Zarate e Gizela Palumbo.

Acompanharam o encontro, ainda, o juiz Leoberto Brancher; o subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Luiz Carlos Ziomkowski; o coordenador do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos, Francesco Conti; a secretária-geral do MP, Ana Maria Schinestsck, e o coordenador do Gabinete de Articulação e Gestão Integrada (Gagi), Nilson de Oliveira Rodrigues Filho.



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