Porto Alegre: acusados pelo MPRS são condenados por feminicídio de uma jovem de 19 anos
Dois acusados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) foram condenados na madrugada desta sexta-feira, 28 de novembro, pelo Tribunal do Júri em Porto Alegre. Em sessão que iniciou na quinta-feira, 27, os dois foram sentenciados, respectivamente, a 25 anos e 23 anos de prisão pelo assassinato de uma jovem de 19 anos, ocorrido em março de 2017, no Parque Chico Mendes, Bairro Mario Quintana, na zona norte da Capital. O crime foi praticado com extrema violência e motivação fútil, deixando órfã a filha da vítima, uma bebê de apenas um mês.
O Conselho de Sentença acolheu integralmente a tese do MPRS, representado pelo promotor de Justiça Eugênio Paes Amorim, que sustentou a acusação de homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel, dissimulação e feminicídio. Conforme a denúncia, os réus planejaram e executaram o crime após a vítima ter flagrado um dos acusados em situação íntima. A jovem foi atraída ao parque sob o pretexto de buscar uma planta medicinal para a filha e, ao virar de costas, foi golpeada diversas vezes com uma faca.
Durante o julgamento, o promotor Eugênio Paes Amorim destacou a gravidade do caso: “Mais um crime bárbaro, planejado e executado contra uma jovem mulher e mãe, onde atuamos com a corda esticada na defesa da vida”. O crime chocou pela brutalidade e pelo contexto: a vítima, Ana Luísa de Castro Bueno, foi morta com múltiplos golpes no pescoço, após ser levada ao local por um dos réus, que simulou preocupação com a saúde da bebê.
