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Acusado pelo MPRS, líder de facção detido em SP após ganhar prisão domiciliar humanitária vai a júri por homicídio em Parobé

Acusado pelo MPRS, líder de facção detido em SP após ganhar prisão domiciliar humanitária vai a júri por homicídio em Parobé

ceidelwein

Um líder de facção criminosa e um comparsa serão julgados pelo Tribunal do Júri no dia 6 de dezembro, próxima quarta-feira, em Parobé, no Vale do Paranhana. Os dois foram acusados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) por um homicídio duplamente qualificado ocorrido na cidade em julho de 2018. O crime foi motivado por um desacerto envolvendo o tráfico de drogas após a vítima ter sido atraída pelos suspeitos para uma suposta entrega de entorpecentes.

O suspeito, de 36 anos, foi preso em julho deste ano em São Paulo após ganhar prisão domiciliar humanitária. No início de agosto, ele conquistou novamente o direito de cumprir pena em casa, mas, a pedido do MPRS, uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) impediu que o apenado recebesse o benefício. Estas decisões judiciais são referentes ao processo em que ele irá a júri nesta semana e a outro que tramita na Vara de Execuções Criminais de Porto Alegre.

A promotora de Justiça Sabrina Cabrera Batista Botelho, que atua em substituição junto à 1ª Promotoria de Justiça de Parobé, relembra que “os réus também respondem a outros processos na comarca pela prática de crimes dolosos contra a vida e que são decorrentes do denominado ‘tribunal do crime’ estabelecido pelas facções criminosas”.

Já o promotor de Justiça Leonardo Giardin, designado para auxiliar no caso pelo Núcleo de Apoio ao Júri (NAJ) do MPRS, ressalta que os dois réus são acusados de matar a tiros Cristian André Boita. Conforme a denúncia, a vítima foi assassinada minutos depois de ter pedido autorização para o líder da facção – que se encontrava preso na época – para instalar um ponto de venda de entorpecentes em Parobé. “O líder da facção é mais do que mandante deste crime, ele é o mentor intelectual e a vítima foi atraída para ir até um local para suposta entrega de drogas”, afirma Giardin.

Por ter uma suposta dívida com o réu, o MPRS entende que o líder da facção teria aceito a instalação deste local para traficar e combinou de entregar drogas para a vítima. O outro réu ficou de levar os entorpecentes, mas, ao se encontrar com Boita, atirou várias vezes contra ele a mando do apenado. Os dois respondem pelo homicídio qualificado pelas seguintes qualificadoras: motivo torpe e de dissimulação, ou seja, ocultar a intenção criminosa. Serão ouvidas cinco testemunhas, além do interrogatório dos dois réus.

O líder da facção já cumpriu pelo menos 11 de 38 anos que já tem de condenação por outros crimes. São delitos como: tráfico de drogas, tentativa de homicídio, outros homicídios e lavagem de dinheiro. Em 2015, por exemplo, foi encaminhado a uma penitenciária federal de segurança máxima. Em 2020, o réu – apontado como mandante do homicídio em Parobé no ano de 2018 – foi um dos 18 líderes de facções transferidos para penitenciárias federais fora do Estado durante uma megaoperação das autoridades de segurança.



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