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Segredo: mulher que matou o pai com ajuda da mãe e do marido vai a júri em 25 de setembro; quarto réu será julgado em novembro

Segredo: mulher que matou o pai com ajuda da mãe e do marido vai a júri em 25 de setembro; quarto réu será julgado em novembro

ceidelwein

Começa na próxima segunda-feira, 25 de setembro, no Fórum de Sobradinho, o julgamento da mulher que matou o próprio pai e seu funcionário, com a ajuda da mãe e do marido – que também serão julgados –, em 26 de maio de 2020, no município de Segredo, no Vale do Rio Pardo. Um matador de aluguel, que responde em separado no processo sobre as mortes do agricultor e do seu peão, será julgado em separado. Houve uma cisão do júri. No caso dele, o julgamento será no dia 20 de novembro deste ano.

Todos os quatro acusados foram denunciados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS). O júri da próxima semana inicia 8h, e o de novembro, envolvendo o quarto réu, será a partir de 9h, sendo o sorteio dos jurados praticamente um mês antes, em 17 de outubro. Os réus respondem por duplo homicídio triplamente qualificado, sendo um deles, também por furto qualificado.

Além do matador de aluguel, que vai a júri daqui a dois meses, os demais responsabilizados são uma mulher de 26 anos, seu marido, de 29 anos, e sua mãe, de 43 anos. Todos foram denunciados pelo assassinato de um agricultor de 43 anos de idade e do peão da propriedade dele, 64 anos à época do crime. Segundo denúncia do MPRS, os dois foram mortos a tiros. Ainda conforme a acusação, para tentar encobrir os homicídios, que tiveram motivação financeira, os autores teriam forjado um assalto.

PRIMEIRO JÚRI

A acusação em plenário, na próxima segunda-feira, em Sobradinho, será feita pelos promotores de Justiça Renan Loss e Eugênio Paes Amorim. Eles estimam que o júri deva se estender por dois dias. Serão ouvidas nove testemunhas (duas arroladas pelo MPRS e outras sete pelas defesas).

Após esta etapa, irá ocorrer o interrogatório dos três réus. Na sequência, se iniciarão os debates. MPRS e defesas terão 2 horas e 30 minutos, cada uma das partes, para se manifestarem. Se tiver réplica e tréplica, o tempo será de 2 horas cada.

O CRIME

Na noite do dia 26 de maio de 2020, a filha, o genro e a ex-mulher do agricultor colocaram em prática o crime que já estava arquitetado. O casal foi buscar em Candelária, também no Vale do Rio Pardo, um matador de aluguel previamente contratado por R$ 5 mil. Eles usaram o carro da ex-mulher do agricultor.

Depois disso, foram, o casal e o matador de aluguel, até a residência da vítima, na localidade de Rincão Nossa Senhora Aparecida. Lá, filha e genro, simulando uma visita ao familiar, desceram do carro e o atraíram, juntamente com seu funcionário, para uma conversa dentro do imóvel. Logo depois, o matador de aluguel entrou na residência e, fingindo tratar-se de um assalto, amarrou o agricultor. O genro dele amarrou o empregado.

O passo seguinte, segundo acusação, ocorreu no pátio da residência. O matador de aluguel levou os dois alvos até o local, ambos com as mãos amarradas para trás, e atirou na nuca deles. Os três fugiram no mesmo carro em que chegaram. Antes, porém, subtraíram uma chaleira elétrica, uma televisão e um celular, por isso também respondem por furto qualificado.

A motivação dos assassinatos, conforme os promotores, foi financeira, já que os denunciados pretendiam, com a morte do agricultor, receber uma apólice de seguro de vida em nome dele.

“A filha e a ex-mulher concorreram para o crime na medida em que foram as mandantes e as arquitetas do plano macabro de assassinato. Elas que arregimentaram o executor. A filha ainda levou o assassino de aluguel até o local das execuções, e a ex-mulher forneceu o carro utilizado no dia”, explicou Loss.

“O genro do agricultor prestou auxílio à prática da infração penal aos demais comparsas, desde a preparação do delito, seja dirigindo o veículo da ex-mulher do agricultor até Candelária para buscar o assassino de aluguel, seja fornecendo cordas para amarrar as vítimas e até amarrando uma delas”, complementou Amorim.



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