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Iniciadas instalações de 20 estações meteorológicas provenientes de acordo com fabricantes do herbicida 2.4-D

Iniciadas instalações de 20 estações meteorológicas provenientes de acordo com fabricantes do herbicida 2.4-D

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Começaram a ser instaladas nesta quarta-feira, 22, as estações meteorológicas que vão apontar as condições adequadas para minimizar ou evitar a deriva do herbicida 2.4-D no Rio Grande do Sul. Os equipamentos foram adquiridos com verbas provenientes de acordo firmado no ano passado pelo Ministério Público com empresas fabricantes do herbicida, para garantir o controle de sua utilização.

As duas primeiras estações estão localizadas em olivais dos municípios de Pinheiro Machado e Piratini. Elas vão captar os dados atmosféricos para gerar os alertas meteorológicos de deriva, das condições adequadas ou inadequadas de aplicação dos agrotóxicos hormonais.


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As 20 estações meteorológicas, que custaram em torno R$ 600 mil, foram entregues simbolicamente pelo MP ao governador Eduardo Leite em abril deste ano. Conforme o promotor de Justiça do Meio Ambiente Alexandre Saltz, que esteve à frente das negociações envolvendo os problemas causados pelo 2.4-D, os equipamentos estão dentro de um conjunto de medidas adotadas com o objetivo de minimizar os problemas causados pela aplicação do herbicida e aperfeiçoar a fiscalização em todos os municípios do estado.

O valor é parte de um acordo com as indústrias fabricantes do herbicida. O fundo, que totalizará cerca de R$ 6 milhões, também será utilizado para custear melhorias dos sistemas de informática da Secretaria do Meio Ambiente, interligando o monitoramento e qualificando a fiscalização e a prestação de informações aos produtores rurais. As instalações são feitas em parceria com produtores, universidades e prefeituras, que cedem os locais.

Para Alexandre Saltz, o início da operação das estações é um grande avanço, “não apenas porque representa o produto de um acordo que foi construído durante uma árdua negociação envolvendo o uso do herbicida hormonal no Estado, mas também porque vai qualificar a prestação de informações à sociedade, aos produtores rurais, e vai qualificar os processos de fiscalização e controle do uso de agrotóxicos no RS”, explica.

"Estamos fazendo um esforço conjunto para que possamos auxiliar os agricultores gaúchos a fazer a aplicação correta dos defensivos agrícolas. Estas estações vão colaborar com o monitoramento e trazer mais segurança ao cultivo nas lavouras do estado", afirma o secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho.

Entre as principais culturas sensíveis ao 2.4-D estão a macieira, videira, oliveira, nogueira-pecã, erva-mate, tomate e hortaliças. Conforme dados da Secretaria da Agricultura, nesta safra, das 171 amostras coletadas em 54 municípios para detecção do 2.4-D, 87,13% deram resultado positivo. No ano passado, o índice foi de 85,2%, mas em uma amostra menor, de 81 análises.

Várias instruções normativas já foram publicadas pela Secretaria da Agricultura desde o início das denúncias de deriva do 2.4-D no estado em 2019, regulamentando e instituindo processos, como o curso de aplicadores de agrotóxicos, o cadastro de aplicadores, a venda orientada do produto e a declaração de uso.


Foto: Flávio Varone/Seapdr



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