Projeto Cidades Antirracistas do MPRS é destaque no CNMP durante celebração do Mês da Consciência Negra

O Projeto Cidades Antirracistas, desenvolvido pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), foi reconhecido como referência nacional durante a 17ª Sessão Ordinária do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), realizada nesta terça-feira, 11 de novembro. A iniciativa foi destacada pela conselheira Karen Luise de Souza ao celebrar o Mês da Consciência Negra e reforçar a importância de políticas públicas voltadas à promoção da igualdade racial.

Conduzido pelo Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos do MPRS, o projeto certifica municípios que implementam ações concretas contra o racismo, como conselhos ativos, órgãos especializados e políticas estruturadas. “Municípios como Porto Alegre, Canoas, Gravataí, São Leopoldo, Uruguaiana e São Sepé já receberam o selo Cidade Antirracista, e, em dezembro próximo, novas cidades serão agraciadas pela edição 2025 do projeto”, afirmou Karen.

A conselheira ressaltou que a iniciativa gaúcha se tornou modelo para todo o país, alinhando-se ao Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (SINAPIR) e aos compromissos internacionais assumidos pelo Brasil. “Que o CNMP possa somar-se a essas boas práticas, estimulando cada Ministério Público a desenvolver projetos semelhantes. Ser antirracista não é apenas um gesto político, é uma escolha civilizatória”, declarou.

Além do MPRS, Karen também mencionou ações do Ministério Público do Acre (MPAC), voltadas para territórios amazônicos e comunidades tradicionais, reforçando que a luta antirracista é também socioambiental e decolonial. “São projetos que, embora regionais, dialogam com um mesmo propósito: transformar as cidades em espaços de dignidade, representação e justiça racial”, concluiu.