MPRS apresenta Projeto Sinais à OAB/RS e às redes de proteção de Sarandi e São Leopoldo
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por meio do Núcleo de Prevenção à Violência Extrema (NUPVE), realizou a apresentação do Projeto Sinais a integrantes das redes de proteção de crianças e adolescentes dos municípios de São Leopoldo e Sarandi, e em reunião da Comissão de Direitos Humanos da OAB/RS, em Porto Alegre.
Em São Leopoldo, o encontro ocorreu na noite de sexta-feira, 3 de outubro, na Unisinos. A atividade foi conduzida pelos promotores de Justiça Leonardo Rossi e Doraní Borges Medeiros, integrantes do NUPVE, e contou com a presença dos promotores de Justiça locais Mara Cristiane Job Beck Pedro e Fernando de Araujo Bittencourt.
No mesmo dia, o procurador de Justiça Fábio Costa Pereira, coordenador do NUPVE, apresentou o Projeto Sinais durante reunião da Comissão de Direitos Humanos Sobral Pinto da OAB/RS, a Ordem dos Advogados do Brasil, na Capital.
Já em Sarandi, a apresentação foi realizada na quarta-feira, 1º de outubro, pela assessora do NUPVE Michele Prado, com a presença da promotora de Justiça Nicoli Almeida Manfrin.
O Projeto Sinais tem como objetivo fortalecer ações preventivas diante de comportamentos que possam indicar processos de radicalização entre crianças e adolescentes. Durante as capacitações, foram abordados os principais sinais de alerta que podem surgir no cotidiano infantojuvenil, como isolamento social, episódios de bullying — tanto como vítimas quanto como autores — e a exposição prolongada a conteúdos violentos, especialmente em jogos eletrônicos e redes sociais.
Os palestrantes destacaram que o enfrentamento desses comportamentos exige uma atuação articulada entre os diversos atores da rede de proteção, incluindo escolas, serviços públicos e a sociedade civil. A prevenção é um esforço coletivo: identificar precocemente os sinais e agir de forma integrada é essencial para proteger crianças e adolescentes.
O Projeto Sinais também aborda temas como discursos de ódio, manifestações de sofrimento psíquico e o uso de plataformas digitais como canais de cooptação por grupos extremistas. Foi ressaltado que redes sociais, comunidades virtuais e jogos online têm sido utilizados como ferramentas de recrutamento, explorando a vulnerabilidade emocional de crianças e jovens. Por isso, é fundamental que famílias e profissionais da rede estejam atentos a comportamentos que possam indicar processos de radicalização ou anteceder atos de violência — muitos dos quais se manifestam no ambiente escolar, por meio de mudanças de comportamento, situações de bullying e isolamento.
