Alvorada: acusado pelo MPRS é condenado a mais de 26 anos de prisão por homicídio consumado e tentado
O Tribunal do Júri em Alvorada condenou, na quinta-feira, 11 de setembro, um homem acusado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) a 26 anos e dois meses de prisão por homicídio qualificado e tentativa de homicídio qualificado. A sentença determinou a imediata execução da pena. O crime foi motivado por um esbarrão em uma motocicleta em uma via pública da cidade, o que gerou uma discussão entre grupos de amigos e culminou nos disparos que mataram Marcelo da Rosa Alves. Um amigo dele — que esbarrou na moto — só não foi atingido porque se escondeu atrás de outro veículo.
A acusação foi conduzida pelo promotor de Justiça Leonardo Rossi, que destacou em plenário o fato de o homicídio ter sido cometido por motivo fútil e mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima, baleada pelas costas enquanto se retirava do local da discussão. A tentativa de homicídio teve as mesmas qualificadoras. O julgamento ocorreu menos de um ano após os fatos, ocorridos em 5 de outubro de 2024, e contou com a presença de cerca de 40 familiares e amigos da vítima que morreu.
O MPRS informou que irá recorrer da decisão, buscando o afastamento da atenuante da confissão reconhecida na sentença. À época dos fatos, o réu estava foragido da Justiça. Segundo o promotor Leonardo Rossi, “o MPRS foi a voz de uma família enlutada, que saiu do plenário com o sentimento de justiça feita diante de um ato praticado de forma tão covarde. A vítima que sobreviveu esbarrou na moto de uma pessoa que estava com o réu e pediu desculpas, que foram aceitas. Mesmo assim, o réu interveio e, após o início da discussão envolvendo mais pessoas, atirou para o alto. A vítima que morreu contestou tal comportamento e, mesmo depois de estar saindo do local com o amigo, foi baleada pelas costas.”