Administração Superior do MPRS presta apoio e acompanha ações de acolhimento e segurança em Estação após ataque em escola
A Administração Superior do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) esteve nesta quinta-feira, 17 de julho, em Estação, no Norte do Estado, para prestar apoio e acompanhar as medidas adotadas no município após o ataque ocorrido na Escola Municipal de Ensino Fundamental Maria Nascimento Giacomazzi.
Pela manhã, a subprocuradora-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Isabel Guarise Barrios, e a promotora de Justiça Cristiane Corrales, coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Educação, Infância e Juventude, estiveram reunidas com o prefeito de Estação, Geverson Zimmermann, secretários municipais e gestores das escolas. Também participaram os promotores Julio Ballardin, da Promotoria Regional da Educação (PREDUC) de Passo Fundo, e Alexandre Murussi, da Infância e Juventude de Getúlio Vargas.
O encontro, promovido por iniciativa do MPRS, abordou os desdobramentos do episódio, como o acolhimento às vítimas, o retorno seguro às aulas e o fortalecimento da rede de proteção à infância e juventude.
A subprocuradora-geral ressaltou que foi à cidade levar o apoio da instituição à comunidade e também aos promotores que atuam no caso. “O Ministério Público está à disposição para o que for necessário e a qualquer hora. A instituição está de portas abertas para atender as demandas do município, das famílias atingidas e de toda a comunidade que precisa de orientações e de todo o apoio diante de uma tragédia tão grande”, afirmou Isabel Guarise Barrios.
À tarde, o MPRS participou de um encontro em Getúlio Vargas com prefeitos, secretários municipais e representantes das redes de proteção dos seis municípios da Comarca. Além da subprocuradora-geral para Assuntos Institucionais e da promotora Cristiane Corrales, o promotor de Justiça João Augusto Follador também participou.
A coordenadora do Centro de Apoio da Educação, Infância e Juventude apresentou o Projeto Mãos Dadas e reforçou a importância do trabalho em rede. “A ação articulada entre os atores das redes de proteção é fundamental para evitar que vários tipos de violência aconteçam e para que possamos proteger nossas crianças e adolescentes”, pontuou.
Isabel Guarise Barrios salientou ainda que “a rede de proteção é muito importante para evitar que a violência ocorra, para que nós possamos identificar previamente e para que haja alguma intervenção para a proteção de crianças e adolescentes. O MP tem já há muito tempo se empenhado no reforço e estruturação das redes, agindo de forma proativa e preventiva para evitar casos como esse que nos deparamos agora”.
Na quarta-feira, 16 de julho, a promotora de Justiça Clarissa Ammélia Simões Machado, responsável pela Central Regional de Acolhimento às Vítimas do MPRS em Passo Fundo, esteve reunida com os pais dos alunos que foram vítimas ou testemunharam o ataque. Durante o encontro em Estação ela prestou esclarecimentos sobre aspectos jurídicos do caso. “Explicamos como funciona o processo, as fases processuais, o que ajuda a aplacar um pouco do nervosismo, do temor e do impacto que esse ato infracional de tamanha gravidade ocasionou na comunidade em geral”, destacou a promotora.
VIOLÊNCIA EXTREMA
O ataque à Escola Maria Nascimento Giacomazzi ocorreu em 8 de julho, quando um adolescente de 16 anos invadiu o local e feriu quatro pessoas a facadas. Um aluno, de nove anos, morreu em decorrência do ataque. Duas meninas de oito anos e uma professora de 34 anos ficaram feridas, mas já receberam alta hospitalar.
O adolescente autor do ataque está internado desde o dia do ataque em um centro de atendimento socioeducativo na região Norte do Estado.
As aulas na escola foram retomadas nesta quinta-feira, 17 de julho. As demais escolas do município já haviam retomado as aulas na última segunda-feira.