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Operação Caixa-Forte II: três primeiros investigados pelo GAECO/MPRS são condenados por tráfico de drogas

Operação Caixa-Forte II: três primeiros investigados pelo GAECO/MPRS são condenados por tráfico de drogas

claeidel

Os três primeiros investigados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/MPRS) na chamada Operação Caixa-Forte II, deflagrada em novembro do ano passado, são condenados pela Justiça por tráfico de drogas e também por associação ao tráfico. Os três, que já se encontram no sistema prisional receberam, respectivamente, penas de reclusão de 13 anos e quatro meses; 12 anos; e cinco anos e 10 meses; além de pagamento de multas.

A sentença, da 2ª Vara Estadual de Processo e Julgamento dos Crimes de Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro, é de quinta-feira, 10 de julho. A operação e a denúncia contra os criminosos são de responsabilidade do promotor de Justiça Rogério Meirelles Caldas, coordenador do 10º Núcleo Regional do GAECO – Sul. Segundo ele, há outros réus no processo após investigação do MPRS sobre um esquema comandado por facção criminosa a partir do interior do Presídio Regional de Pelotas (PRP) para vender drogas, ingressar com celulares, oferecer empréstimos a juros abusivos e lavar dinheiro.

“Essa primeira condenação da Operação Caixa-Forte II indica o êxito do trabalho investigativo do 10º Núcleo do GAECO do Ministério Público do Rio Grande do Sul em desarticular uma organização criminosa dedicada aos crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, que tanto assolam as cidades da zona Sul, especialmente na cidade do Herval, deixando a sociedade vulnerável ao crime organizado”, ressaltou Rogério Caldas.

OPERAÇÃO CAIXA-FORTE II

Uma organização criminosa, que montou um centro operacional no PRP para ingressar no local com materiais ilícitos, principalmente celulares, e vender drogas também para toda a região, já havia sido alvo do GAECO em dezembro de 2023. Na Operação Caixa-Forte I, foram apreendidos celulares, drogas, dinheiro e muitos documentos. Com a análise dos materiais, como livros-caixa, foi desencadeada a Operação Caixa-Forte II no dia 24 de novembro de 2024. O promotor Rogério Caldas identificou a estrutura hierárquica do grupo, com núcleos que vão da gerência às finanças, envolvendo diversos laranjas.

O promotor também descobriu que, em 10 meses de 2023, a facção movimentou R$ 2,6 milhões somente com o tráfico e ingresso de celulares no presídio. Além disso, no PRP, os criminosos contavam com a participação de um policial penal corrupto que colaborava com a facção. O servidor é um dos alvos da operação e foi preso nesta sexta-feira. Houve uma revista no PRP e oito líderes da organização criminosa foram removidos, sendo sete com prisão decretada pelos crimes investigados nesta operação. Também houve revistas, devido à participação de outros detentos, na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (PASC) e Presídio Regional de Bagé.

Na Caixa-Forte II, cerca de 850 agentes cumpriram mais de 170 mandados judiciais, incluindo 19 prisões e remoção de apenados, contra organização criminosa que movimentou mais de R$ 32 milhões. A operação ocorreu em 13 cidades nos três Estados do Sul do Brasil.



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