Com parecer favorável do MPRS, Justiça decreta prisão de investigado por fraudes imobiliárias que somam mais de R$ 20 milhões
Com parecer favorável do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), a Justiça decretou a prisão preventiva de um homem de 39 anos, investigado por liderar um esquema de fraudes imobiliárias que causou prejuízos superiores a R$ 20 milhões e vitimou mais de 120 pessoas. O homem foi preso pela Polícia Civil gaúcha, em Santa Catarina, nesta quarta- feira, 9 de julho.
O parecer foi assinado pela promotora de Justiça, Ana Flávia Amaral Rezende, de Nova Petróplis, que também se posicionou favoravelmente à suspensão do registro profissional do investigado junto aos Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis do RS e de SC — medida igualmente acolhida pelo Judiciário.
A promotora ressalta que, desde o início das apurações, o Ministério Público atuou de forma incisiva, requerendo quebra de sigilo bancário, busca e apreensão de documentos e medidas assecuratórias de bens, com o objetivo de garantir a reparação dos danos causados às vítimas. “Este caso impactou a população de Nova Petrópolis, e o Ministério Público vem atuando de forma firme e diligente com o objetivo de garantir futura reparação de danos às vítimas e proporcionar o acesso a provas. Além disso, com a conduta do investigado de desrespeito aos ofendidos e à Justiça, com a possibilidade concreta de vitimar mais pessoas, imprescindível sua prisão e a suspensão de seu registro nos conselhos profissionais”, disse a promotora.
COMO O INVESTIGADO AGIA
As investigações apontam que o investigado, na condição de sócio administrador de uma empresa do setor imobiliário em Nova Petrópolis, firmava contratos com aparência de legalidade e se apropriava indevidamente de valores pagos por inquilinos e proprietários. Após encerrar as atividades da empresa, ele passou a atuar como corretor de imóveis em Itapema, em Santa Catarina, promovendo sua imagem nas redes sociais com promessas de confiança e retorno financeiro.
