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Farroupilha: acusado pelo MPRS é condenado a 42 anos de prisão por torturar, estuprar e tentar matar o próprio funcionário

Farroupilha: acusado pelo MPRS é condenado a 42 anos de prisão por torturar, estuprar e tentar matar o próprio funcionário

claeidel

Um homem acusado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) foi condenado pelo Tribunal do Júri de Farroupilha por tentativa de homicídio qualificado, tortura qualificada e majorada, estupro, roubo simples, sequestro e cárcere privado. Ele foi sentenciado a 42 anos e 10 meses de prisão, além de multa: uma indenização por danos morais, no valor de R$ 300 mil, e por danos materiais, no valor de R$ 54 mil.

A vítima era um funcionário do réu, um médico veterinário que tem um haras na região. Os crimes ocorreram em agosto de 2021 no município da Serra. O promotor de Justiça Ronaldo Lara Resende, designado pelo Núcleo de Apoio ao Júri (NAJ) do MPRS, atuou em plenário e contou com o apoio do promotor de Justiça Vinícius Cassol, de Farroupilha. O julgamento teve início na manhã de 25 de junho, quarta-feira, e terminou na madrugada do dia 26, quinta-feira. Foram ouvidas a vítima e 14 testemunhas.

OS CRIMES

O réu suspeitava que a vítima havia furtado R$ 20 mil da clínica veterinária de sua propriedade. Conforme a denúncia do MPRS, em agosto de 2021, o criminoso cometeu vários delitos com o objetivo de que o funcionário confessasse o furto. A vítima teve mãos e o pescoço amarrados, levou coronhadas, choques elétricos, golpes de facão e até um tiro. O funcionário, que sofreu queimaduras em uma das orelhas, lesões embaixo das unhas e teve dentes arrancados, também foi violentado sexualmente e forçado a pular de um penhasco. A vítima ainda teve o seu celular roubado.

Os crimes iniciaram em 9 de agosto de 2021, com a primeira sessão de tortura, o estupro e o roubo. No dia seguinte, a vítima foi levada de um hospital até o local onde houve o cárcere privado. O funcionário foi submetido a mais uma sessão de tortura, no dia 11, até finalmente ser praticada a tentativa de homicídio.

A denúncia do MPRS foi oferecida à Justiça contra um total de quatro réus, abrangendo sete fatos delituosos, mas houve cisão no processo porque o médico veterinário respondeu aos fatos preso preventivamente, enquanto os demais seguem recorrendo a instâncias superiores.



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