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Assassinos de contadora são condenados pelo Tribunal do Júri em Palmeira das Missões

Assassinos de contadora são condenados pelo Tribunal do Júri em Palmeira das Missões

claeidel

Os dois homens denunciados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) pelo assassinato da contadora Sandra Mara Lovis Trentin, de Boa Vista das Missões, foram condenados nesta quinta-feira, 26 de junho, pelo Tribunal do Júri em Palmeira das Missões.

O mandante do crime, ex-marido da contadora, foi condenado a 34 anos e dois meses de prisão, em regime fechado. Já para o executor, a condenação foi de 22 anos e quatro meses, também em regime fechado.

A denúncia do MPRS teve como base uma investigação que apontou que o crime, ocorrido há sete anos, foi premeditado pelo ex-marido, com o objetivo de encerrar o relacionamento conjugal sem a partilha de bens. A vítima teria sido surpreendida sob ameaça de arma de fogo, levada a um local ermo e executada. Seu corpo foi ocultado e localizado apenas quase um ano depois, enterrado às margens da BR-158.

“Em plenário, o reconhecimento de todos os quesitos pelo Conselho de Sentença revela que o Ministério Público conseguiu demonstrar a responsabilidade dos réus pelo brutal assassinato da vítima”, destaca o promotor de Justiça Ricardo Misko Campineiro, que atuou em plenário. Ambos foram denunciados por homicídio com as qualificadoras de recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. O ex-marido respondeu ainda por homicídio por motivo torpe e o executor pela qualificadora de promessa de recompensa.

“Espera-se que devido à repercussão do caso, a condenação sirva de exemplo não só para a comarca de Palmeira das Missões, mas para todo o Estado do Rio Grande do Sul. Quanto à família enlutada, que a concretização da Justiça permita, de alguma forma, seguir adiante, apesar de toda a saudade da vítima”, disse Campineiro, que destacou as atividades desempenhadas pelos promotores de Justiça Marcos Rauber e Guilherme Martins de Martins durante a primeira fase do processo.

Para Rodrigo Alberto Wolf Piton, que também atuou em plenário pelo Núcleo de Apoio ao Júri (NAJ), após uma investigação policial minuciosa e um processo judicial longo e criterioso, a Justiça foi feita, e o julgamento representa não apenas a aplicação da lei, mas o compromisso do Ministério Público com a verdade. “Que estas condenações sirvam como exemplos de que, por mais difícil ou demorado que seja o caminho, a Justiça pode e deve prevalecer”, ressaltou.




Se você está passando por situação de violência, ou conhece alguém que esteja, disque 100, procure a Delegacia de Polícia ou a Promotoria de Justiça mais próximas.




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