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Campanha “Universo MPRS – Superpoder é Denunciar” é lançada para prevenção e enfrentamento à violência contra mulher entre adolescentes

Campanha “Universo MPRS – Superpoder é Denunciar” é lançada para prevenção e enfrentamento à violência contra mulher entre adolescentes

claeidel

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por meio do Gabinete de Comunicação Social (GabCom), em parceria com os Centros de Apoio Operacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher (CAOEVCM) e da Educação, Infância e Juventude (CAOEIJ), lança a campanha “Universo MPRS – Superpoder é Denunciar”, voltada à conscientização de adolescentes sobre a violência contra a mulher.

Inspirada nas HQs da Marvel e da DC Comics, a campanha cria um universo ficcional com personagens adolescentes que dialogam diretamente com o público de 12 a 18 anos. A primeira personagem será uma super-heroína adolescente, cujo nome será escolhido por meio de votação pública nas redes sociais do MPRS.

O principal objetivo da campanha é educar adolescentes para perceber, denunciar e transformar a cultura da violência contra a mulher, promovendo uma mudança de mentalidade já nessa fase. A iniciativa também busca estimular o protagonismo juvenil, promover o debate sobre igualdade de gênero nas escolas e fortalecer a rede de proteção por meio da informação e da arte.

Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do RS, em 2024, foram registrados mais de 23 mil casos de violência doméstica e familiar contra a mulher no Estado. Em torno de 18% das vítimas tinham entre 12 e 19 anos, o que reforça a urgência de ações educativas voltadas a esse público.

A campanha reforça a importância da proteção integral à infância e juventude. A promotora de Justiça Cristiane Corrales, coordenadora do CAOEIJ, afirma que “proteger a infância e a juventude é garantir que cresçam em ambientes seguros, onde possam desenvolver sua autonomia e consciência crítica. A campanha é um passo essencial nessa direção”.

Para a promotora de Justiça Ivana Battaglin, coordenadora do CAOEVCM, “o enfrentamento à violência contra a mulher começa com a educação. Precisamos formar uma geração que reconheça os comportamentos de alerta, rompa o silêncio e construa relações baseadas no respeito”.

ENGAJAMENTO DOS ADOLESCENTES
A linguagem escolhida para a campanha é um dos seus principais diferenciais. Para Roberta Salinet Alvarez, coordenadora do Gabinete de Comunicação Social do MPRS, a criação de um universo próprio – ao mesmo tempo lúdico e informativo – estabelece um diálogo direto com adolescentes de 12 a 18 anos, utilizando heróis e narrativas visuais como ferramentas de identificação e conscientização sobre a importância de prevenir a violência contra a mulher desde cedo.

A identidade visual da campanha também está sendo cuidadosamente desenvolvida. Segundo Flávia Kampff, coordenadora da Assessoria de Imagem, “o time de criação está mergulhado no desenvolvimento de personagens que representem a diversidade da juventude gaúcha. Queremos que cada adolescente se veja refletido nas páginas da cartilha e se sinta parte dessa transformação”.

Michelle Teixeira, social media do MPRS, destaca que a participação popular na escolha do nome da super-heroína é uma estratégia fundamental para engajar o público jovem. “Ao transformar esse momento em uma consulta aberta nas redes sociais, criamos um espaço de escuta e pertencimento. Quando os adolescentes ajudam a nomear a personagem, eles passam a fazer parte da história – e isso fortalece o vínculo com a campanha desde o início”, explica.

NÃO É DRAMA, É VIOLÊNCIA

A campanha será lançada oficialmente no início de agosto, durante o Agosto Lilás, com a apresentação da primeira personagem e o lançamento de uma cartilha educativa em formato digital e impresso com o título “Não é drama, é violência”. A publicação trará histórias em quadrinhos, atividades pedagógicas e orientações sobre como agir diante de situações de violência.

A programação inclui ainda palestras, rodas de conversa e oficinas em escolas, além de parcerias com veículos de comunicação e influenciadores digitais. A campanha segue as recomendações do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) para ações de prevenção, alerta e divulgação de serviços de apoio.



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