Acusado pelo MPRS é condenado por matar homem que acreditava ter marcado encontro com sua ex-companheira em Silveira Martins
Um acusado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) foi sentenciado na quinta-feira, 22 de maio, pelo Tribunal do Júri em Santa Maria, a 17 anos e 10 meses de prisão por homicídio duplamente qualificado e ameaça. O crime ocorreu no dia 1º de maio de 2024 no município de Silveira Martins. O réu matou um homem que ele suspeitava ter marcado um encontro com sua ex-companheira. Ela só não foi morta porque conseguiu fugir.
A acusação do MPRS foi feita em plenário pela promotora de Justiça Caroline Mottecy Oliveira, que destacou a gravidade do crime, cometido em contexto de calamidade pública, quando a cidade enfrentava falta de energia elétrica e estradas interditadas em meio às enchentes que atingiram o Estado. O réu foi condenado por homicídio qualificado por motivo torpe — sentimento de posse em relação à ex-companheira — e por recurso que dificultou a defesa da vítima.
Conforme a denúncia do MPRS, o criminoso, na época do fato, se deslocou até um posto de combustíveis após suspeitar que sua ex-companheira estaria no local acompanhada da vítima, Gilberto Rodrigues, 31 anos. Ao chegar, a mulher conseguiu fugir, mas Gilberto foi atingido por um golpe de faca na região do peito, morrendo na hora. O réu ainda ameaçou de morte a mulher, o que também foi reconhecido pelo Conselho de Sentença. Ele respondeu ao processo no sistema prisional.
“Santa Maria deu resposta justa a esse crime brutal que abalou a comunidade de Silveira Martins em meio à maior tragédia ambiental já vista em nosso Estado, demonstrando que a vida deve ser respeitada e que atos covardes não serão tolerados”, disse a promotora Caroline. A Justiça determinou a execução imediata da pena em regime fechado. Estiveram presentes no plenário familiares de Gilberto, bem como a ex-companheira do réu. Gilberto deixou esposa e três filhos pequenos.