Novo Hamburgo: sete acusados pelo MPRS são condenados em dois júris pelas mortes de DJs de Porto Alegre
Em dois julgamentos, cada um com duração de dois dias, sete acusados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) foram condenados pelo Tribunal do Júri em Novo Hamburgo pelas mortes de dois DJs de Porto Alegre. Os homicídios ocorreram no dia 1º de maio de 2020 no município do Vale do Sinos.
A acusação do MPRS foi feita pelos promotores de Justiça Robson Barreiro, que atua em Novo Hamburgo, e Francisco Lauenstein, designado pelo Núcleo de Apoio ao Júri (NAJ) da instituição. Estes júris estavam previstos para iniciar a partir do final de janeiro deste ano, mas houve adiamento devido a problemas técnico-processuais.
CONDENAÇÕES
Com estas questões resolvidas, os mandantes foram julgados terça e quarta-feira desta semana, 20 e 21, e os executores, nos dias 13 e 14 deste mês. Todos foram condenados por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe devido a desacerto envolvendo tráfico de drogas e emboscada, além do crime de organização criminosa. No júri desta semana, os dois mandantes do crime, que já estavam no sistema prisional na época dos fatos, foram sentenciados, cada um, a 55 anos de prisão. Um terceiro acusado, somente por organização criminosa, foi absolvido.
Já no primeiro julgamento, os cinco réus também foram condenados. Dois deles eram os atiradores e foram sentenciados a 33 e 38 anos de reclusão, cada um. Além deles, os dois responsáveis pelo transporte das vítimas foram condenados, ambos, a 28 anos de prisão. Por fim, um homem considerado intermediário do grupo foi condenado a 33 anos de prisão.
O CRIME
Conforme a denúncia do MPRS, as vítimas Leonardo Scherer Kologeski, 21 anos, e Diego Lafourcade, 36 anos, foram assassinadas por um desacerto relacionado à compra e venda de entorpecentes. Os dois DJs foram atraídos ao local do crime, na Estrada da Prainha, em direção ao Bairro Lomba Grande, de Novo Hamburgo, por meio de uma emboscada e foram executados com diversos tiros. As ordens foram dadas por dois mandantes, um estava no Presídio de Montenegro e o outro na Cadeia Pública de Porto Alegre.
Foto: Polícia Civil RS
