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Charqueadas: série de três júris sobre assassinato de Ronei Jr. termina com todos os réus condenados a penas superiores a 35 anos de prisão

Charqueadas: série de três júris sobre assassinato de Ronei Jr. termina com todos os réus condenados a penas superiores a 35 anos de prisão

ceidelwein

Chegou ao fim na noite desta terça-feira, 12 de julho, a série de três julgamentos sobre o homicídio do adolescente Ronei Faleiro Jr., cometido em 2015, na saída de uma festa em Charqueadas. Com as sentenças de 35 anos e 4 meses para Jhonata Paulino da Silva Hammes, Matheus Simão Alves e Cristian Silveira Sampaio, os nove réus denunciados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) foram condenados por homicídio qualificado consumado, por três tentativas de homicídio qualificado, associação criminosa e corrupção de menores. Além de matarem o jovem Ronei Jr., os réus tentaram assassinar o pai dele, Ronei Wilson Faleiro, e o casal de amigos Richard Saraiva de Almeida e Francielle Wienke.

Nos dois julgamentos anteriores, foram condenados Peterson Patric Silveira Oliveira (35 anos e 4 meses), Vinícius Adonai Carvalho da Silva (41 anos e 6 meses), Leonardo Macedo Cunha (35 anos e 4 meses), Alisson Barbosa Cavalheiro (35 anos e 4 meses), Geovani Silva de Souza (41 anos e 6 meses) e Volnei Pereira de Araújo (35 anos e 4 meses). O MPRS entrou com recurso para aumentar as penas. Um décimo adulto acusado de envolvimento nos crimes, Rafael Trindade de Almeida, foi denunciado depois dos demais e seu caso é apurado em outro processo. O ataque contou com a participação de menores. Sete foram apontados na acusação: a quatro deles foi aplicada, em 18 de setembro de 2015, medida socioeducativa de internação por três anos, prazo máximo estabelecido no Estatuto da Criança e do Adolescente. Os outros três foram absolvidos. Todos formavam o “bonde da aba reta”.

Atuaram na série de júris os promotores de Justiça Anahi Gracia de Barreto, Marcio Abreu Ferreira da Cunha, João Claudio Pizzato Sidou e Eugênio Paes Amorim.

COMO ACONTECEU

Conforme a denúncia do MP em Charqueadas, o pai do adolescente, Ronei Wilson Faleiro, deixou seu filho Ronei Jr. na noite de 31 de julho, uma sexta-feira, às 22h, no Clube Tiradentes. O combinado era que iria buscá-lo às 5h. A festa era promovida para arrecadar fundos para a formatura no Ensino Médio da turma do adolescente. Por volta do horário combinado, o pai ligou para seu filho, que pediu para que aguardasse mais 15 minutos e desse carona a um casal de amigos.

O pai foi até a porta do clube para falar com o filho e o casal. Na saída, perceberam que seriam hostilizados e rapidamente aceleraram o passo para entrar no carro. Quando Ronei Jr. tentou ingressar no veículo, foi puxado para fora e cercado por outros jovens, que chutavam o automóvel. O pai passou a ser atingido com garrafadas, socos e pontapés, recebendo, inclusive, uma “voadeira”. Isso impediu que ele evitasse que o grupo abrisse a porta do carro e atingisse as outras vítimas. Em um determinado momento, conseguiu se desvencilhar dos agressores, entrou no carro e saiu imediatamente do local com o filho e o casal de amigos no interior no automóvel.

No caminho, ao perceber as lesões que o filho e o casal haviam sofrido, deslocou-se rapidamente para o Hospital de Charqueadas. Devido à gravidade, Júnior foi encaminhado de ambulância para o Hospital Santo Antônio, em Porto Alegre. No entanto, chegou à capital sem vida.

Na denúncia, constam um vídeo e áudios em que integrantes do grupo contam, detalhadamente, como ocorreram as agressões. Os crimes foram cometidos com a clara intenção de matar, simplesmente pelo fato do amigo de Ronei Jr. residir em São Jerônimo e não em Charqueadas, como todos os denunciados.


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