Menu Mobile

MP recorre de decisão que negou prisão preventiva de homem denunciado por matar gerente do Sicredi de Anta Gorda

MP recorre de decisão que negou prisão preventiva de homem denunciado por matar gerente do Sicredi de Anta Gorda

flaviaskb

O Promotor de Justiça André Prediger apresentou, nesta sexta-feira, 12, recurso em sentido estrito à 1ª Vara Judicial de Encantado para reformar a decisão que negou pedido de prisão preventiva de Carlos Alberto Weber Patussi, denunciado pela morte do gerente do Sicredi de Anta Gorda, Jacir Potrich. No recurso, o promotor de Justiça frisa que a prisão é necessária para a garantia da ordem pública, para a conveniência da instrução criminal e para a garantia da aplicação da lei penal.

O recurso destaca que a comunidade recebeu com indignação e sentimento de injustiça a decisão que negou o pedido de prisão preventiva do réu. Nesse sentido, o promotor de Justiça destaca que o conceito de ordem pública não se limita a prevenir a reprodução de fatos criminosos, mas também a acautelar o meio social e a própria credibilidade da Justiça em face da gravidade do crime e de sua repercussão. O MP ainda reitera a necessidade da prisão em virtude da possibilidade do réu, que possui dupla cidadania e elevada condição financeira, e pode deixar o país a qualquer momento para se ver livre das acusações e dos crimes que lhe são imputados.

DENÚNCIA

A Promotoria de Justiça de Encantado apresentou, nesta quinta-feira, 11, denúncia contra Carlos Alberto Weber Patussi pelo homicídio triplamente qualificado de Jacir Potrich, 55 anos, desaparecido em 13 de novembro do ano passado. A denúncia foi recebida pela Justiça no mesmo dia, mas o pedido de prisão preventiva do denunciado não foi acatado. Ele chegou a ser preso temporariamente em janeiro deste ano, mas foi solto após o julgamento de um habeas corpus pelo Tribunal de Justiça do Estado. Patussi também deverá responder por ocultação de cadáver.

Conforme a denúncia, elaborada com base nas investigações da Polícia Civil, no dia do desaparecimento, no condomínio onde ambos moravam, Patussi modificou o ângulo de uma das câmeras de vigilância e desligou outra para evitar que o local do crime, um quiosque, não registrasse o momento do assassinato. Assim, imagens que formam o conteúdo probatório do processo mostram a vítima indo até o quiosque e sendo seguida por Patussi. Um minuto depois, apenas o denunciado é visto saindo do local. Essas são as últimas imagens de Potrich.

Assim, Patussi foi denunciado por homicídio triplamente qualificado – motivo torpe (a desavença existente entre os dois há anos em virtude da troca de endereço do banco no qual a vítima era gerente), por asfixia e com recurso que dificultou a defesa da vítima – além de ocultação de cadáver. Durante a coletiva de imprensa, o promotor de Justiça reiterou que as investigações da Polícia Civil seguem em andamento no caso de haver outras pessoas envolvidas na ocultação de cadáver.



USO DE COOKIES

O Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul utiliza cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação.
Clique aqui para saber mais sobre as nossas políticas de cookies.