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Bom Jesus: homens que mataram por herança são condenados a mais de 18 anos de prisão

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Em sessão do Tribunal do Júri de Bom Jesus ocorrida no último dia 12, o promotor de Justiça de Bom Jesus Felipe Lisboa Barcelos garantiu a condenação dos réus Agostinho das Graças Nunes Xavier e Deivid de Aguiar Campos a, respectivamente, 21 e 18 anos de prisão em regime fechado, pelos crimes de homicídio qualificado (motivo torpe e mediante dissimulação) de Demétrio Piardi da Silva, morto aos 62 anos. Os dois também foram condenados por fraude processual, furto e porte ilegal de arma de fogo.

O crime, ocorrido em 10 de outubro de 2016, na localidade de Chapadinha, interior de Bom Jesus, foi executado pelos réus juntamente com a filha da vítima, Margarete Rodrigues da Silva, esposa de Agostinho. O motivo foi uma herança que a vítima receberia. Devido à cisão processual, Margarete está sendo processada em outra ação e ainda não há data definida para o júri popular.

ASSASSINATO

Com a informação de que Demétrio receberia herança de R$ 300 mil, dois meses antes do crime, a mulher foi até o cartório da cidade para que o pai lhe outorgasse procuração de amplos poderes para o gerenciamento da vida financeira. A procuração, no entanto, foi revogada por Demétrio dez dias depois de assinada. Inconformada, arquitetou com seu marido, Agostinho, e com o sobrinho dele, Deivid, o homicídio.

No dia do crime, 10 de outubro, os dois homens foram de Caxias do Sul até a residência da vítima, em Bom Jesus, e atiraram contra ele, o que causou sua morte. Logo após a execução de Demétrio, os dois reviraram a residência da vítima, abrindo as portas do roupeiro, jogando roupas pelo chão e trocando objetos de lugar, com a finalidade de encobrir a realização do assassinato e na tentativa de fazer tudo parecer obra de assaltantes. Para tanto, furtaram da casa da vítima um celular e uma TV, encontrados junto aos dois. A arma utilizada para o crime foi encontrada na casa de Deivid, em Caxias do Sul, em cumprimento de mandado de busca e apreensão.



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