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Homem que estuprou adolescentes em Porto Alegre é condenado a mais de 42 anos de prisão

Homem que estuprou adolescentes em Porto Alegre é condenado a mais de 42 anos de prisão

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O Ministério Público obteve, na Justiça, a condenação de Roger da Silva Pires, de 21 anos, que praticou diversos crimes em Porto Alegre, entre os quais, estupros, extorsões e ameaças. As penas, somadas, passam de 42 anos de prisão em regime fechado. O réu cumpre pena na Penitenciária Estadual de Canoas 1.

As vítimas são adolescentes entre 13 e 15 anos de idade, do sexo feminino. As jovens conheceram o criminoso em shoppings, parques e festas. O ponto em comum entre os fatos era a maneira de agir do réu. O homem, que na época dos primeiros crimes tinha 18 anos de idade, adicionava as vítimas no “facebook” ou no “whatsapp”, e, depois disso, iniciava conversas que, em algum momento, deixavam de ser amistosas e passavam a conter chantagens e ameaças.


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Em alguns casos ele usava a própria identidade e em outros se valia de uma fotografia de outro rapaz para enganar as adolescentes e até simular namoro. As extorsões começavam em seguida e aconteciam mediante diversos tipos de ameaças. De algumas adolescentes, o réu obtinha fotos íntimas que depois ameaçava publicar ou mostrar para os pais das meninas, que com medo, acabavam encontrando Roger e, em muitos casos, sendo estupradas.

Há o caso de uma adolescente que conheceu o criminoso num parque e, logo depois, foi embriagada e levada para casa dele, onde sofreu violência sexual. Outra vítima foi ameaçada de ter o namorado assassinado caso não mandasse fotos íntimas para o réu e, depois de sofrer abuso, acabou contando o que estava acontecendo para a família.

Para cometer os crimes, o agressor usava mais de dez diferentes chips de celular e, também, mentia ser filho de um desembargador Estadual e usava isso para reiterar ameaças às jovens e seus familiares.

O promotor de Justiça da Infância e da Juventude de Porto Alegre Júlio Almeida salienta que fevereiro é o mês da internet segura e que esse caso demonstra que os pais e responsáveis, cada vez mais, devem estar atentos ao comportamento dos filhos nas redes sociais e nos aplicativos de mensagens. “O pais precisam acompanhar as atividades dos filhos na internet, em relações que sejam de confiança e de diálogo. Precisam orientar as crianças e os adolescentes para que não aceitem pedidos de amizade de estranhos e que, caso recebam pedidos de fotos ou dados particulares, avisem os adultos”, reforça o promotor.

A coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Infância, Juventude, Educação, Família e Sucessões, Denise Villela, destaca que a pena, neste caso, pode ser considerada exemplar. “É claro que é um somatório de penas de vários crimes que ele praticou contra crianças e adolescentes, mas, mesmo assim, é uma pena que serve não apenas para a punição do agressor, mas também como exemplo para que toda a sociedade saiba que esse tipo de crime tem uma punição alta”, disse.



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