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Grupo Permanente sobre Recursos Hídricos aborda contaminantes na água consumida pela população

Grupo Permanente sobre Recursos Hídricos aborda contaminantes na água consumida pela população

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O Grupo Temático Permanente sobre Recursos Hídricos, presidido pelo coordenador do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente, Daniel Martini, recebeu, nesta terça-feira, 14, a professora do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Tânia Mara Pizzolato, que realizou uma apresentação acerca dos contaminantes emergentes na água consumida pela população.

Conforme a professora, por estarem presentes em concentrações extremamente baixas na água, na faixa dos microgramas ou nanogramas por litro, esses contaminantes não chegam a afetar diretamente a saúde humana. Para se ter uma ideia, um micrograma equivale a um milésimo de miligrama, e um nanograma é um milhão de vezes menor que o miligrama. “São partes por bilhão de litro, por trilhão, às vezes até por quatrilhão, dependendo do composto”, enfatiza a professora.

O problema é que, apesar de essas concentrações serem consideradas baixas para humanos, elas podem ter efeitos tóxicos para a fauna e a flora aquáticas. “Aqueles resíduos no ambiente vão afetar a base da cadeia alimentar – os micro-organismos e os peixes pequenos. E quando se afeta a base, indiretamente se afeta toda a estrutura”, explica Tânia.

“O depoimento especializado da professora Tânia Pizzolato nos tranquiliza de um certo modo, pois seus estudos na UFRGS comprovam a presença de contaminantes emergentes - resíduos de fármacos e hormônios – nos cursos d'água analisados, como se dá em todo o mundo, mas em concentrações reduzidíssimas, que por isso não afetariam diretamente a saúde humana”, avalia o promotor regional ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí, Eduardo Coral Viegas.

Para Viegas, porém, “como a contaminação das águas pelas substâncias ditas emergentes acaba produzindo efeitos tóxicos na fauna e flora aquáticas e, com isso, indiretamente alcança toda a estrutura alimentar, entendemos que o monitoramento da questão deve ser permanente e cada vez mais aprofundado".

Também participaram da reunião a coordenadora do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos, Angela Salton Rotunno; a promotora de Defesa do Meio Ambiente de Porto Alegre, Josiane Superti Brasil Camejo; o promotor-assessor da Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Ricardo Schinestsck Rodrigues; a superintendente da Funasa no Rio Grande do Sul, Karla Viviane Silveira da Silva; a doutoranda do Instituto de Química da Universidade Federal da UFRGS, Juliana Arsand; e o Assessor Jurídico do Caoma, Diogo Petter Nesello.



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