Agudo: homem é condenado a 26 anos de prisão por morte após briga entre famílias
O Tribunal do Júri de Agudo condenou a 26 anos e seis meses de prisão em regime inicial fechado o réu Celso Inácio da Silva pela morte de Marlete dos Santos e pela tentativa de homicídio do companheiro dela, Joceli Ivo Pape. Ele terá o direito de apelar em liberdade. A sessão ocorreu nesta segunda-feira, 17. Atuou em plenário o Promotor de Justiça titular de Restinga Sêca Sandro Loureiro Marones, em substituição.
OS CRIMES
Após uma briga entre duas famílias conhecidas, por causa de uma carga de lenha, em 15 de julho de 2005, na localidade de Linha das Pedras, em Agudo, Celso Inácio e os filhos Rogério Inácio da Silva (já falecido) e R.I.S. (adolescente) tentaram matar Joceli Ivo Pape e mataram a esposa dele, Marlete dos Santos. Os três esperaram que as vítimas passassem pelo local, em direção à residência delas, tripulando uma motocicleta. Celso surpreendeu Joceli, derrubou-o da moto com um golpe de foice e, em seguida, passou a desferir golpes de facão contra ele. Depois, os filhos atiraram com arma de fogo contra a vítima.
Os réus somente não consumaram o crime por circunstâncias alheias à vontade deles, já que Celso não foi atingido em região letal e conseguiu fugir até uma casa nas proximidades, de onde acionou a Brigada Militar. Ao notarem que Marlete também estava fugindo, dispararam diversas vezes contra ela, que, ao tombar, foi atingida por um golpe violento de foice desferido por Celso da Silva. A esposa do réu, Renete Maria Neu da Silva, chegou a ser denunciada também como co-autora da morte, mas o MP postulou sua absolvição por falta de provas.
Os jurados acolheram a tese do MP e condenaram Celso Inácio da Silva pela prática dos crimes de homicídio tentado e de homicídio, ambos qualificados pelo motivo fútil (porque praticados em razão de uma discussão entre as vítimas e os acusados no dia anterior aos crimes) e porque cometidos mediante emboscada às vítimas.
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