Subprocurador Jurídico acompanha trabalhos de exumação dos restos mortais do ex-Presidente João Goulart
“Ainda que os resultados periciais sejam inconclusivos, a exumação terá valido à pena, pois propiciará que o Presidente João Goulart receba pompas fúnebres de Chefe de Estado, o que lhe foi negado em 1976, quando faleceu no exílio”. A opinião é do Subprocurador-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, Ivory Coelho Neto. Ao lado de outras autoridades políticas e jurídicas, ele esteve no Cemitério Jardim da Paz, em São Borja, no início da manhã desta quarta-feira, 13, quando uma equipe de peritos retirou os restos mortais do ex-Presidente.
Os trabalhos terminaram na madrugada desta quarta-feira e os restos mortais de Jango seguiram em um avião da Força Aérea Brasileira com destino a Brasília. A previsão é de que a Presidente Dilma Rousseff renderá honras de Estado a João Goulart em cerimônia que contará com a presença de ex-Presidentes.
Em São Borja, o Subprocurador-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos manteve contato com os Ministros José Eduardo Cardozo, da Justiça; e Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência; com o Governador do Estado Tarso Genro; com o Prefeito de São Borja, Farelo Almeida; com os Deputados Estaduais Cassiá Carpes, Juliana Brizola e Aldacir Oliboni; representantes do Ministério Público Federal e da Comissão da Verdade, além de autoridades locais.
Pedida pela família, a exumação tem como objetivo esclarecer as circunstâncias da morte de João Goulart. Apesar da falta de provas, o Ministério Público Federal, a Comissão Nacional da Verdade e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência consideram consistentes alguns relatos que apontam o envenenamento. Historiadores e autoridades opinam que o Brasil tem o dever de esclarecer o caso.
