Palestrante aborda a busca por equilíbrio entre corpo e mente

Para sermos uma pessoa melhor precisamos buscar um equilíbrio entre o ser, o corpo e a riqueza. A mensagem é do Consultor australiano Ken O’Donnell. Radicado no Brasil e autor de publicações sobre desenvolvimento pessoal, O’Donnell palestrou na noite desta terça-feira, 24, no auditório do Ministério Público, em evento promovido pelo Brahma Kumaris, com apoio do Instituto Francisco Lorenz e de diversas entidades e do Ministério Público.

RIQUEZA

A palavra riqueza, de acordo com o Consultor, advém do sânscrito “dan”, que significa “dar”. Assim, “riqueza é o que podemos dar e não o que eu posso acumular”, explicou. “Se você guarda uma semente, o que vai colher?”, questionou.

A busca pelo ser melhor passa justamente por assumirmos o que somos. Para tanto, é preciso entender quem somos e ter consciência do que é nosso. “O jogo da vida tem suas regras e se eu for natural eu vou conseguir as coisas”, pregou Ken O’Donnell.

O primeiro passo para que isso ocorra é eu “ter a consciência do que eu sou”. A partir desta postura interna, haverá uma atitude e uma ação. “Se o nosso propósito é elevado e feito de coração, nada vai nos impedir” de mudar e fazer algo de positivo e em prol de um mundo melhor.

Tal ação passa, segundo ele, em buscar propósitos elevados, como por exemplo pensar positivamente sobre si. Eu devo pensar: “sou valioso”, por exemplo. “É preciso ter uma boa relação com si próprio”, pregou.

PAPÉIS E RÓTULOS

Nos dias atuais, vivemos desempenhando papéis e criando rótulos. “Olhamos as pessoas pelos papéis e não pelo lado humano”, destacou o Consultor, para quem a maioria delas desempenha um papel dependendo da circunstância e momento. Lembrou que, um dia, vai chegar o momento em que todos serão “ex”: ex-chefe e ex-empregado. Daí a importância de procurarmos sermos do jeito natural que somos, com o objetivo de ser uma pessoa melhor.

Em relação aos adjetivos que damos para as pessoas, pregou a extinção da “galeria de rótulos” que temos em nossas cabeças, usando o desapego. Temos “versões” das pessoas nas nossas cabeças. Citou, como exemplo, o fato de pensarmos que alguém é incompetente. Mesmo que nos digam que este alguém não é, continuamos com a nova versão. “Desapego é não ser influenciado e é entender algo como realmente é”, afirmou.

VOLUNTARIADO

Uma das formas de construção do ser ideal passa, no entender de Ken O’Donnell, pela dedicação ao voluntariado. “Se você fizer algo para ajudar, certamente será ajudado”, destacou.

EDUCAÇÃO PELA PAZ

A palestra fez parte de programação preparatória para o 3º Encontro “Educação para a Paz”, que será realizado em novembro, conforme destacou o Procurador de Justiça Roberto Bandeira Pereira, responsável pelo Movimento pela Paz Sepé Tiaraju. Antes da palestra, em nome do Ministério Público, o Procurador de Justiça Antonio Carlos de Avelar Bastos entregou a Ken O’Donnell o título de hóspede oficial do Estado.

PRESENÇAS

Estiveram presentes ao evento vários membros e servidores do MP, assim como o Presidente do Instituto Francisco Lorenz, Fernando Lorenz de Azevedo, e representantes de entidades parceiras e interessados em geral sobre o tema.