Traficante é julgado na Capital
Está sendo julgado desde às 9h desta quinta-feira, na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Porto Alegre, o traficante Joel Mendes de Vargas, 29, conhecido por “Joel Cabeludo”. Ele foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio qualificado. Entrincheirado em um casebre da Vila Areia, o então foragido da Justiça se confrontou com policiais trocando tiros. O tiroteio culminou na morte do soldado Emerson Ventura, 33, lotado no 11º Batalhão da Polícia Militar, e deixou feridos dois agentes da Polícia Civil. O crime ocorreu no dia 8 de novembro de 2007. No banco dos réus também estão sentadas Deividiane Paulus, 19, e Letícia Chaves Dias, 21, que estavam na casa com o traficante de drogas. O promotor de Justiça Luis Rogério Lima Tavares representa o Ministério Público no plenário.
O confronto iniciou cedo da manhã, quando agentes do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) foram ao casebre, no beco 1, próximo à Rua Dona Teodora, para cumprir uma ordem de busca e apreensão de armas e entorpecentes. O que os policiais não sabiam é que o traficante controlava os acessos à moradia por meio de um circuito interno de TV. Uma câmera foi encontrada na entrada do beco e outra, na frente da casa, ligadas a uma TV alimentada por uma rede elétrica clandestina.
Os policiais foram recebidos a tiros que partiram de dentro da casa. Um dos agentes foi atingido com um tiro na cabeça e o outro com um disparo no ombro.
O Denarc acabou pedindo apoio à Brigada Militar. Uma das viaturas da BM era dirigida pelo soldado Ventura. Assim que desceu, seguiu em direção aos fundos do casebre, onde foi alvejado na cabeça com um disparo de fuzil. No casebre foi encontrado armas, munição e cocaína. Havia ainda um binóculo, quatro câmeras e uma TV, com as quais o foragido observava a movimentação na vila.
