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Futuro das organizadas será avaliado

Futuro das organizadas será avaliado

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Encontro no Rio de Janeiro debateu medidas visando o regramento dessas torcidas. Fiscalização poderá ser ampliada, com maior controle sobre integrantes

A Comissão Mista de Segurança nos Estádios vai avaliar o futuro das torcidas organizadas nos estádios de futebol de todo o Brasil. A preocupação com os alarmantes índices de violência entre torcedores foi levada ao grupo pelo promotor de Justiça Renoir Cunha, que participou de encontro realizado na última segunda-feira na sede da CBF, no Rio de Janeiro. No caso mais recente ocorrido no Rio Grande do Sul, no dia 16 de novembro, após a partida entre Grêmio e Coritiba, válida pelo Campeonato Brasileiro, uma briga nas cercanias do estádio Olímpico, entre integrantes da Geral e da Máfia Tricolor, resultou em dois torcedores baleados. Um deles, em estado grave, foi internado no Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre.

De acordo com Renoir Cunha, a expectativa é de que passe a existir um maior regramento da atuação das torcidas organizadas em todo o País. “Poderão ser determinados, inclusive, o tamanho e a quantidade de integrantes desses grupos, além de definir se as torcidas devem ou não ser subsidiadas pelos clubes e a forma que isso deva ser feito”. O Promotor de Justiça esclarece, ainda, que a Comissão e a CBF também planejam medidas a médio e longo prazo visando a segurança nos estádios brasileiros, válidas já para o Campeonato Brasileiro de Futebol do próximo ano.

Em artigo publicado na edição do último domingo no jornal O Sul, Renoir Cunha fez um balanço sobre as medidas adotadas nos estádios gaúchos através de termo de ajustamento entre os clubes e a Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos da Capital. “Desde 2003 foram implementadas as câmeras de vigilância, o cadastramento de torcidas, dentre mais de 30 medidas clausuladas que formaram verdadeiro sistema de segurança, prevendo rotinas não só das polícias, como da Federação Gaúcha de Futebol, dos Clubes, dos Agentes de Trânsito, envolvendo as empresas de ônibus, as estações de trem inclusive nas cidades vizinhas ou de trajeto, contemplando, ainda, cláusula obrigando avaliações periódicas de todos os agentes envolvidos para o aperfeiçoamento do sistema”.

Em outro trecho do artigo, o Promotor destaca a instalação dos Juizados Especiais Criminais e a proibição de venda e consumo de bebidas alcoólicas nos estádios, “o que foi alcançado antes mesmo da entrada em vigor da Lei Estadual n.º 12.916/2008, através da própria CBF, firmando Protocolo de Intenções com o Conselho Nacional de Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União”.

No entendimento de Renoir Cunha, “dinheiro e poder, sem controle e nas mãos erradas, somados ao ambiente de paixão do futebol, desvirtuam completamente tudo aquilo que se apregoa para uma atividade que deveria estar afastando nossos filhos, nossos jovens das drogas e ensinando a ter disciplina, a obedecer regras, ter perseverança, conviver tanto com derrotas como vitórias, ensinando assim, desde logo, a suportar inevitáveis frustrações que a vida apresenta e a comemorar as felicidades conquistadas com tanto suor, ensinando a viver em sociedade.

Confira a íntegra do artigo publicado no jornal O Sul



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