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Operação Sapucaí: 17 denunciados

Operação Sapucaí: 17 denunciados

grecelle
Quadrilha que agia no roubo e furto de cargas de caminhões foi desmantelada em agosto e agora responderá por crimes como formação de quadrilha, assalto e tráfico

O Ministério Público de Sapucaia do Sul denunciou, nesta segunda-feira, 17 pessoas que integravam uma quadrilha desbaratada em agosto deste ano, que agia no roubo e receptação de cargas na região metropolitana de Porto Alegre. Eles responderão pelos crimes de formação de quadrilha, assalto, receptação, furto, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. O trabalho do Ministério Público é desdobramento da Operação Sapucaí, desencadeada pela Polícia Civil, que em 21 de agosto prendeu 24 suspeitos e cumpriu outros 31 mandados de busca e apreensão nas cidades de Alvorada, Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Estância Velha, Taquara e Igrejinha.

De acordo com a denúncia da promotora de Justiça Andréa de Almeida Machado, a quadrilha praticava os roubos a cargas de caminhões utilizando sempre o mesmo modo de operação. Após a realização dos assaltos, eles armazenavam as cargas subtraídas em depósitos próprios e tratavam de negociar as cargas que roubavam, vendendo-as ao comércio e indústria da região metropolitana de Porto Alegre. “Por isso, há nos autos inúmeros registros de ocorrência, quase 50, sobre furtos e roubos de caminhões, assaltos a carros particulares, porte ilegal de arma, tráfico ilícito de entorpecentes, receptações e lavagem de dinheiro”, explica a Promotora.

A quadrilha possuía uma forma de agir perfeitamente orquestrada: um primeiro grupo participava da subtração dos caminhões; outro era responsável pela logística necessária para os assaltos, com armazenamento de armas, munição, fornecimento de drogas, realização de assaltos a carros particulares para serem utilizados nos roubos de carga. Um terceiro grupo era responsável pelo armazenamento das cargas subtraídas. Os bens oriundos da atividade criminosa eram colocados em depósitos e estabelecimentos comerciais pertencentes aos membros da quadrilha. Finalmente, eram distribuídos em armazéns, supermercados, lojas, salões de beleza e, até mesmo, indústrias da região metropolitana.

Entre os denunciados estão os líderes do bando. Antonio Santos Carlos, também conhecido como “Tonho” ou “Patrão” e Nei Fernando Couto da Silva. Antonio exercia funções de organização e inteligência, como localização de caminhões e cargas a serem roubados. Segundo a promotora Andréa de Almeida Machado, além de exercer chefia no grupo, possuía patrimônio absolutamente incompatível com a renda que diz possuir, incluindo um pavilhão na cidade de Esteio, avaliado em aproximadamente R$ 760 mil. Nei Fernando possuía mesmo grau de importância. A investigação teve início pela interceptação de seu telefone, através do qual mantinha contato com todos os demais membros da quadrilha. Também tem renda incompatível com seu patrimônio, avaliado em R$ 500 mil.



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