Menu Mobile

Administração Judicial mantida na Unicruz

Administração Judicial mantida na Unicruz

celio
O Ministério Público entendeu que novo reitor eleito teria mandado de pouco mais de um ano, apenas para terminar com o tempo dos réus afastados

A Administração Judicial da Fundação Universidade de Cruz Alta será mantida à frente da instituição até 31 de dezembro de 2007. A decisão é da 1ª Vara Cível da comarca de Cruz Alta, acatando pedido feito pelo Ministério Público. Ao fazer a solicitação, o promotor de Justiça André de Azevedo Coelho decidiu que o melhor caminho para a Fundação seria a manutenção da Administração Judicial até o término do mandato dos ex-administradores, previsto para 31 de dezembro de 2007.

Em novembro de 2005, o promotor de Justiça Daniel Bruno ajuizou ação cautelar antecipatória de prova pericial por meio de uma auditoria externa na Fundação Universidade de Cruz Alta. Uma decisão judicial afastou o presidente da Fundação e Reitor, além de outros membros que ocupavam cargos de direção na Universidade bem como nomeou administrador judicial por tempo indeterminado. O pedido judicial foi embasado nas seguintes justificativas: gestão temerária da administração da Fundação; pessoalidade, improbidade e promoção de interesses particulares por membros da Reitoria na administração da Fundação e não-cumprimento de orientação, recomendação e termo de compromisso firmado com o Ministério Público, além de oneração de grande parte do patrimônio da Fundação com ônus real sem a necessária autorização do Ministério Público.

Buscando definir prazo para o término da intervenção, o Ministério Público reuniu-se, em sessão extraordinária, com o Conselho Universitário, Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão e os Conselhos Diretor e Curador da Fundação Universidade de Cruz Alta quando ficou definido que a administração judicial terminaria em 31 de dezembro de 2006. Com o relatório final apresentado pela auditoria judicial, verificou-se que a dívida da Fundação, em dezembro de 2005, ultrapassava 50 milhões de reais. A auditoria apontou várias outras irregularidades praticadas pelos ex-administradores que serão alvo de novas investigações por parte do Ministério Público.

Além disso, foi constatado pelo Ministério Público que caso ocorresse o término da Administração Judicial e fossem realizadas imediatas eleições com base no Estatuto vigente, poderia ocorrer situação inusitada: o novo reitor que também é o presidente da Fundação, deveria exercer mandato apenas até o término do mandato dos réus afastados, ou seja, 31 de dezembro de 2007. Em seguida, haveria nova eleição para o mandado subsequente, o que acarretaria em dois processos eleitorais em um período pouco superior a um ano.



USO DE COOKIES

O Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul utiliza cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação.
Clique aqui para saber mais sobre as nossas políticas de cookies.