Lajeado: ex-Vereador é condenado pelo STF por crimes eleitorais
O ex-Vereador de Lajeado, Márcio Alfonso Klaus, foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em decorrência de crimes cometidos durante a campanha de 2008. A investigação foi coordenada, à época, pelo Promotor de Justiça Pedro Rui da Fontoura Porto. Klaus deverá cumprir cinco anos e quatro meses de prisão no regime semiaberto. Como a decisão é em última instância, não cabe mais recurso. A primeira condenação, na Justiça de Lajeado, havia tido a mesma pena, mas Klaus recorreu. Na época, ele e outros dois réus haviam sido condenados por formação de quadrilha, compra de votos, peculato e corrupção eleitoral.
Além do ex-Vereador foram condenados o assessor Ildo Schneider, com pena de quatro anos e seis meses de reclusão em regime semiaberto, e o coordenador de campanha, Antônio Altair Dossena, à pena de dois anos em regime aberto – convertida para 730 horas de serviço comunitário e multa equivalente a cinco salários mínimos. A Justiça Eleitoral determinou a prisão de Ildo, que já foi encaminhado ao Presídio de Lajeado, e de Klaus, que estaria viajando e deve se apresentar para o cumprimento da sentença quando retornar.
Em setembro de 2008, o MP deflagrou a Operação Higia II, com cumprimento de mandados de busca e apreensão no gabinete do então Presidente da Câmara de Vereadores, Márcio Klaus, além de duas residências, três estabelecimentos comerciais e um comitê de campanha. Klaus foi preso em flagrante no dia 26, oito dias após o cumprimento dos mandados, após deixar um jantar no Bairro Campestre onde teria pago um jantar em troca de votos.
Em 26 de março deste ano, o Superior Tribunal Eleitoral também confirmou a sentença de primeiro grau. Os direitos políticos dos condenados ficam suspensos enquanto durar os efeitos da sentença. O quarto réu no processo, Jorge Luis Freitas, foi absolvido das acusações.
Conforme a denúncia oferecida pelo MP, foram cometidos diversos crimes: apropriação de um telefone celular do Legislativo para fins eleitorais, doação de materiais de construção para uma igreja em troca de votos dos pastores – que se comprometeram em persuadir fiéis –, promessa de doação de brita e cessão de maquinário da administração municipal em troca de votos de moradores e empresários, pagamento de jantares a empresas e times de futebol.