Transmissão vertical do vírus HIV é tema de reunião no MP
Membros do MP e representantes da Secretaria Municipal de Saúde realizaram reunião nesta quarta-feira, 20, para debater os casos de transmissão vertical (da mãe para o bebê) do vírus HIV/AIDS.
A Secretaria instituiu o Comitê da Transmissão Vertical de HIV e Sífilis de Porto Alegre em agosto de 2013 com o intuito de reduzir a transmissão do vírus que é passado da mãe para o filho durante o período da gestação, no parto ou pelo aleitamento materno. O grupo tem como objetivo acompanhar e monitorar os casos de HIV e sífilis congênita, buscando diretrizes para a implantação de políticas de enfrentamento que assegurem a redução da epidemia.
Na oportunidade, a Coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Infância, Juventude, Educação, Família e Sucessões Maria Regina Fay de Azambuja, e a Promotora de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos Liliane Dreyer Pastoriz conheceram as providências que estão sendo tomadas pela Prefeitura de Porto Alegre com o objetivo de reduzir os índices de transmissão do vírus.
Ainda foram debatidos casos de mulheres usuárias de drogas em que o poder público não consegue vincular as gestantes soropositivas ao tratamento pré-natal. Sem o acompanhamento médico, as chances de transmissão do vírus da Aids aumentam.
Conforme Maria Regina Fay de Azambuja, "essas pacientes devem ter um tratamento diferenciado e a busca pelos laços familiares sempre é a melhor opção".
O Coordenador do Comitê, Gerson Barreto Winkler, informou que muitas pacientes usuárias de drogas não seguem as orientações da rede de proteção, como o uso de medicamentos antiretroviral durante a gravidez, e não atendem as visitas dos Agentes de Saúde da Família.
Foi discutida no encontro a possibilidade da Secretaria da Saúde de Porto Alegre estabelecer um vínculo direto com a Promotoria de Justiça dos Direitos Humanos, para informar os casos em que existe a necessidade de internação para desintoxicação e tratamento da gestante. Durante a reunião, ainda foi acordado que, após uma avaliação com o médico da paciente, o MP seja notificado para que a mãe tenha o tratamento indicado até o nascimento da criança.
Também participaram da reunião servidores da Saúde Mental e da Unidade Básica de Saúde da Capital, além da representante do MP no Comitê, a Assessora Maria Salete Lermen Sulzbach.