Procurador-Geral de Justiça participa do Curso de Seleção para Juiz de Direito
O Procurador-Geral de Justiça, Eduardo de Lima Veiga, foi palestrante da aula de terça-feira, 3, no Curso Oficial para Ingresso na Carreira da Magistratura Estadual. A atividade, mediada pelo Diretor da Escola Superior da Magistratura, Cláudio Luís Martinewski, teve como tema as "Relações Interpessoais e Interinstitucionais" e contou, ainda, com a participação do Presidente da Comissão do Curso de Formação, Desembargador Jayme Weingartner Neto, e do Presidente da OAB/RS, Marcelo Machado Bertolucci.
Ao falar para uma turma formada pelos aprovados na última etapa da seleção para Juiz de Direito Substituto do Poder Judiciário, o Chefe do Ministério Público gaúcho lembrou o início de sua carreira quando atuou como Promotor de Justiça em Comarcas do Interior do Estado e na Capital. “Vocês chegarão em suas Comarcas respaldados pela tradição de uma instituição secular, mas isto não lhes garantirá boas relações com a comunidade”, disse Veiga, ao frisar a importância de virtudes como a lealdade, a cordialidade e, principalmente, a alteridade para o bom convívio entre agentes públicos e, destes, com o cidadão. Ele também ressaltou os desafios dos operadores do Direito e a enorme carga de trabalho a que são submetidos diariamente. “Não se deixem consumir pelo trabalho árduo, mas convivam, se relacionem com suas comunidades”, aconselhou o PGJ.
O Presidente da OAB/RS destacou os avanços na qualidade das relações entre Advogados e demais agentes do Direito, ocorridos nos últimos anos, principalmente no Rio Grande do Sul. “A cultura do encontro, da maturidade funcional, venceu a resistência dos que não entendem a importância do diálogo”, disse. De acordo com Bertolucci, a OAB é incansável na defesa das prerrogativas da classe, mas não abre mão do diálogo, da boa relação entre Poderes e instituições, “fundamentais para desenvolvimento permanente do Sistema Jurisdicional”.
Na mesma direção, o Desembargador Jayme Weingartner Neto defendeu a força das relações interpessoais e interinstitucionais. “O Direito pode ser visto hoje como uma rede tecida com a participação de vários autores. Somos os nós dessa rede, por isso temos que ser firmes, mas sem ultrapassar a capacidade de tensão do tecido”, explicou. O Desembargador sublinhou, ainda, a qualidade dos palestrantes que o antecederam para compreensão do tema proposto, que demonstraram de forma concreta a importância das relações interinstitucionais e interpessoais para o sistema jurisdicional.
O concurso para Juiz de Direito Substituto teve início em 2012, com 4,2 mil inscritos e consiste em seis etapas. Participam desta última etapa, chamada Curso de Seleção, 75 candidatos aprovados nas fases anteriores.