Comunidade é atendida próxima de sua casa
Manifestações e consultas de 25 entidades comunitárias e 22 atendimentos individuais formalizados. Estes são os números finais do segundo encontro do projeto Ouvidoria na Comunidade, ocorrido nesta terça-feira, na Vila Pinto, localizada no bairro Bom Jesus. Realizado em parceria com o Departamento de Relações Comunitárias da Secretaria de Segurança Pública, o mutirão atendeu os moradores de parte da zona leste da Capital, durante toda a tarde, no Centro de Educação Ambiental Vila Pinto. Grande parte de quem procurou os Promotores e servidores do Ministério Público e SSP apresentou problemas de segurança pública, direitos humanos e infância.
FORA DE GABINETE
Reconhecendo que o Ministério Público ainda é um desconhecido para boa parte da população, o procurador-geral de Justiça Mauro Henrique Renner informou que a iniciativa busca "a aproximação da Instituição com quem não tem acesso à Justiça e desconhece seus direitos". E complementou: "Saindo de seus gabinetes, de trás das pilhas de processos, o Ministério Público pode estabelecer comunicação com as pessoas que, muitas vezes, nem sabem o que ele faz".
CRENÇA NO MINISTÉRIO PÚBLICO
A Ouvidora Maria Regina Fay de Azambuja sublinhou que "o contato pessoal e direto do Promotor possibilita conhecer demandas que existem, mas que eram desconhecidas". Manifestando confiança no trabalho, acrescentou que "se não acreditasse que o Ministério Público pudesse ajudar o cidadão, a Ouvidoria não iria até à vila". Para ela, o projeto pretende ser "um instrumento de ajuda na busca de soluções" para as pessoas. A solução para cada problema, segundo ela, "depende de cada caso". Exemplificou, por exemplo, que a comunidade da Vila Pinto deseja que a Secretaria de Segurança Pública tenha um posto policial no local. Para que ele seja instalado é preciso que ocorra a doação de um terreno. "Nós podemos, junto à Secretaria, interceder e conversar para buscar uma solução", disse.
PRÓXIMAS ETAPAS
Os moradores da Vila Pinto que procuraram o Ministério Público terão informações sobre suas demandas num prazo máximo de 30 dias. O projeto Ouvidoria na Comunidade já programou encontros em outra vila da zona leste, em Alvorada e na zona norte da Capital. Também estão sendo analisados pedidos para que o projeto seja realizado no bairro Cavalhada e em Viamão.
