Cpers denuncia caos na educação

“Conhecemos a luta do Cpers, que não é apenas corporativa e tem sido pautada pela melhoria do ensino público”. A frase é do subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Eduardo de Lima Veiga, que, às 10h30min desta terça-feira, recebeu das mãos da presidente do Cpers/Sindicato, Simone Goldschmidt, documentos denunciando “o caos na educação pública do Rio Grande do Sul provocado pela atual política de gestão da Secretária de Educação do Estado”. Diante da direção central do Cpers e de mais de cem dirigentes dos núcleos da entidade, Lima Veiga disse que analisará as documentações com propósito de verificar “para que áreas serão destinadas”. Prometeu, ainda, que, em seguida, o Cpers receberá uma resposta do Ministério Público sobre “medidas que poderão ser adotadas”.

Os dirigentes do Cpers e mais de cem professoras e diretoras de escolas chegaram na sede do Ministério Público em três ônibus. Todos tiveram que ser recebidos no auditório. A entidade deseja que a Instituição cobre do Governo do Estado medidas urgentes para garantir a normalidade da rede estadual de ensino, sob pena de o ano letivo ficar comprometido. O Cpers alega falta de professores e, principalmente, a “enturmação” – que seria a junção de turmas de séries diferentes numa mesma sala. Uma professora de Cerro Largo denunciou o fato diretamente para Lima Veiga, que estava acompanhado dos promotores de Justiça Ivan Melgaré e Karin Genz, respectivamente coordenadores dos CAO's Criminal e Cível. A professora frisou que alunos da 6ª, 7ª e 8ª séries numa mesma sala produz “baixa qualidade na educação”. Outra professora, de Santana do Livramento, denunciou que a falta de transporte escolar no município está fazendo com que mais de 350 crianças estejam sem aulas desde o início do ano letivo.