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Santiago
Entre 50 e 100 mil
Santa Maria
Gestão municipal
Acompanhamento de alunos da Rede Municipal de Santiago que estão fora da escola ou em risco de evasão escolar.
Busca ativa escolar

? Mapear e identificar as crianças e adolescentes que estão fora da escola ou em risco de evasão. ? Identificar as causas da exclusão ou do risco de exclusão. ? Criar subsídios para o desenvolvimento de políticas públicas de inclusão escolar e implementação de estratégias para manter as crianças e adolescentes na escola. ? Acompanhar a (re)matrícula na escola mais próxima ao território da família.

No ano de 2022, com o retorno das aulas exclusivamente presenciais, a Secretaria da Educação de Santiago visualizou a necessidade de intensificar as estratégias de Busca Ativa frente aos casos relatados pelas escolas da rede. A estratégia pensada consiste primeiramente no mapeamento de estudantes das Escolas de Educação Infantil, Anos Iniciais e Finais Urbanas e Rurais da Rede Municipal de Ensino. Esse mapeamento acontece através de uma planilha de caráter interativo no drive do e-mail da Secretaria da Educação e Cultura, que se mantém atualizada pelas equipes gestoras, de acordo com a frequência dos alunos que requerem um olhar atento para o risco de evasão, e especialmente aqueles que estão fora da escola. A partir desse mapeamento realizado em conjunto com as equipes gestoras das escolas, realiza-se um primeiro contato através de ligação telefônica para os responsáveis pelos estudantes, de modo a acolher e compreender os motivos e causas da infrequência escolar. Após essa primeira escuta, a assistente social da Secretaria da Educação, realiza a visita domiciliar para orientar a família e juntos buscarem alternativas eficientes e eficazes que contemplem os objetivos da Busca Ativa. Em alguns casos, se faz necessário um trabalho intersetorial, com o auxílio dos CRAS (Centros de Referência de Assistência Social), uma vez que possuem um bom vínculo com as famílias em seus territórios, auxiliando dessa forma na mediação das soluções dos casos. Sabendo que a Busca Ativa nem sempre se faz suficiente, que em determinadas situações vai além da escuta e visita domiciliar, a Rede de Ensino reúne uma equipe multidisciplinar, uma rede de apoio com o SAEI Girassol (Serviço de Atendimento e Estudos Interdisciplinares), composto de psicólogos clínicos e escolares, educadora especial, fonoaudióloga, psicopedagoga, nutricionista e terapeuta ocupacional para avaliar e buscar as alternativas que vão de encontro com as necessidades do estudante e de sua família. Todo esse planejamento e estratégias são registradas na Plataforma da Busca Ativa Escolar, composta por uma metodologia social e uma ferramenta tecnológica disponibilizadas gratuitamente para estados e municípios. Ela foi desenvolvida pelo UNICEF, em parceria com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e com apoio do Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). A plataforma funciona como um grande banco de dados que armazena dados importantes sobre cada caso acompanhado e apoia na gestão das informações sobre a situação da criança e do adolescente no município.

Os resultados estão em constante avaliação, uma vez que as estratégias estão sempre em movimento de acordo com os casos que chegam até o grupo responsável pela Busca Ativa na Secretaria da Educação. No primeiro semestre desse ano de 2022, percebemos que na etapa de educação infantil e anos iniciais, os resultados obtidos através das buscas são mais evidentes obtendo um sucesso de retorno às atividades. A partir dos dados obtidos das 11 escolas de educação infantil (EMEIS), os 40 encaminhamentos realizados pelas gestões escolares, até o final do primeiro semestre, somente um encontra-se em busca ativa. Nas EMEFS, que totalizam 10 escolas de anos iniciais e finais, tivemos um percentual de 90 encaminhamentos para risco de evasão, sendo que destes, 11 FICAIS foram encaminhadas, e os demais casos seguem em monitoramento sempre que necessário. Vale destacar que nos anos finais, encontra-se maior resistência de retorno às escolas, envolvendo mais a equipe no resgate e permanência dos estudantes. Percebemos que os maiores motivos são a distorção idade/série e a oferta de emprego para os estudantes que estão próximo de alcançar a maior idade.

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