Ação pede ressarcimento de valores desviados de hospital de Portão

Nesta quinta-feira, 28, o Ministério Público de Portão ajuizou uma ação de improbidade administrativa contra sete pessoas pela cobrança de exames e procedimentos pelo SUS e desvio de dinheiro público na Fundação Hospitalar Educacional e Social de Portão. A ação civil pública, assinada pelo Promotor de Justiça Pietro Chidichimo, pede o ressarcimento dos valores adquiridos de forma ilícita, além de outras sanções previstas na legislação.

Conforme as investigações, durante o mandato de Carlinhos Luiz Ignácio da Silva como Presidente da Fundação, que ocorreu entre 2001 e 2012, foram feitas cobranças, no valor de R$ 10, de exames de raio-X e anestesias que foram realizados pelo SUS. De acordo com a ação, Carlos Newton Gonçalves Munhoz, à época assessor parlamentar da Assembleia Legislativa, era quem negociava valores junto aos pacientes. Carlinhos e o Diretor-Administrativo, Alexandre Andara, agendavam os procedimentos.

Outra irregularidade foi o favorecimento, por parte do então Presidente da Fundação, de sua esposa Fátima Cristina Medina, com o aumento no salário de R$ 860 para R$ 2 mil. Além disso, Alexandre Andara realizou, pelo menos, 30 transferências da conta do Hospital para a sua pessoal, num valor superior a R$ 42 mil. Houve depósitos irregulares também para sua esposa, Sandra Maria Remus, e para dois amigos pessoais, William Brum Prates e Jandira Klein de Oliveira. Alexandre Andara também pagou despesas com hotéis a partir da conta da Fundação.

Outro ato de improbidade imputado a Carlinhos Luiz Ignácio da Silva foi a demissão da Diretora-Executiva Ana Lucia Galbarino Amaral por ela não concordar com as irregularidades. Além disso, foi apontada a falta de documentação contábil, falta de controle de fluxo de documentos, desorganização da documentação contábil, não observância na formalização na troca de gestão e a não prestação de contas da antiga para a nova administração da Fundação Hospitalar.