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Zagueiro do Juventude é denunciado pelo Ministério Público

Zagueiro do Juventude é denunciado pelo Ministério Público

marco
Denúncia baseada na lei de crimes de preconceitos de raça ou cor será entregue à Justiça nesta tarde. Contudo, Promotores oferecem benefício da suspensão do processo

Com base em procedimento investigatório criminal, o Ministério Público de Caxias do Sul ofereceu denúncia contra o jogador de futebol Antonio Carlos Zago, 36 anos. Pelas provas colhidas, o zagueiro e capitão do Esporte Clube Juventude, na partida contra o Grêmio Foot-ball Porto Alegrense, disputada dia 5 do mês passado, no estádio Alfredo Jaconi, incorreu nas sanções do artigo 20, da Lei 7.716/89, que define os crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor. A denúncia assinada pelos promotores de Justiça Rafael Stramar de Freitas Santos e Diego Rosito de Vilas será entregue na tarde desta quarta-feira à Justiça Criminal de Caxias do Sul.

Entretanto, o Ministério Público oferece ao denunciado o benefício da suspensão condicional do processo, pelo prazo de dois anos, mediante condições. Dentre elas está a reparação do dano moral difusamente causado, mediante a confecção e distribuição de dez mil panfletos contendo a frase “Somos Todos Iguais, Diga Não ao Racismo” em eventos esportivos realizados em Caxias do Sul.

O episódio envolvendo o atleta da equipe da cidade serrana teve como vítima o volante Jeovânio Rocha do Nascimento, do time tricolor da Capital. Antonio Carlos foi expulso por falta violenta contra Jeovânio e, quando deixava o campo, esfregou os dedos sobre a pele dos braços, ato interpretado por muitos como de racismo. O artigo 20 da Lei 7.716/89 fala em praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. A pena prevista é de reclusão, de um a três anos e multa.

Na denúncia, o Ministério Público afirma que ao agir, o denunciado “assumiu o risco de incitar o preconceito racial”. Para os Promotores de Justiça de Caxias do Sul, ciente de que seus gestos seriam vistos por um número enorme de pessoas, Antonio Carlos, de experiência internacional, claramente atribuiu a sua expulsão supostamente injusta “ao fato de Jeovânio ser negro e a este ter simulado haver sido agredido”.



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