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Promotor apurará motivação de acessos de PM a dados sigilosos

Promotor apurará motivação de acessos de PM a dados sigilosos

marco
Entrevista coletiva à Imprensa aconteceu na tarde desta segunda-feira, na Promotoria de Justiça de Canoas

“Não tenho dúvidas de que o investigado não está sozinho e agia a mando de alguém”. A afirmação é do promotor de Justiça de Canoas Amilcar Fagundes Freitas Macedo que, preocupado com a segurança de pessoas e também em dar uma satisfação à sociedade, concedeu nova coletiva à Imprensa, na tarde desta segunda-feira, para falar da ação do policial militar que acessou ilegalmente dados sigilosos de políticos, advogados, delegados de Polícia, oficiais da BM e até de jornalistas, através do Sistema de Consultas Integradas.

O sargento César Rodrigues de Carvalho está preso preventivamente e deverá ser ouvido ainda nesta semana. Mas o Promotor de Justiça adiantou que oferecerá denúncia criminal contra o brigadiano num prazo de 15 dias. O Ministério Público de Canoas, a partir de agora, manterá a investigação sob sigilo para correr atrás dos rastros deixados pelo PM que atuava na Casa Militar e que em quase dois anos acessou o sistema mais de 10 mil vezes.

A apuração do Ministério Público tomou outra dimensão, destacou Amilcar Macedo, acrescentando que o investigado deveria seguir “uma cadeia de comando”. Por isso, o Promotor quer descobrir qual era a motivação para tantos acessos, inclusive a dados da Governadora do Estado e a fotos de filhos de dois deputados. “Esse tipo de acesso não se justifica, me preocupei e avisei os familiares”, disse Amilcar, que possui algumas presunções mas não as revelou aos jornalistas que estiveram na Promotoria de Justiça de Canoas.

Indagado sobre as hipóteses e rumos das investigações que deverão ser aprofundadas, Amilcar Macedo ressaltou que “não descarto nenhuma linha de apuração”. O certo é que o brigadiano “araponga”, sublinhou Amilcar, “fez uma varredura no sistema de segurança e chegou a investigar a si mesmo”. A entrevista coletiva foi acompanhada pelo corregedor-geral da BM, coronel Manoel Vicente Bragança, que anunciou a abertura de um Inquérito Policial Militar pela Brigada Militar.

O sargento era investigado por extorquir contraventores de máquinas caça-níqueis na Região Metropolitana. Ele foi barrado na última sexta-feira, durante a Operação Agregação, iniciada há três meses e composta pela Promotoria Criminal de Canoas, Núcleo de Inteligência do MP e Sessão de Inteligência do Comando de Policiamento Metropolitano.



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