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Promotor de Canoas fala sobre trabalhos da Operação Agregação

Promotor de Canoas fala sobre trabalhos da Operação Agregação

marco
Sargento da BM foi preso nesta manhã, por ter extorquido contraventor de máquinas caça-níqueis em Canoas. Suspeita é de que outro policial esteja envolvido no caso

Durante coletiva de Imprensa nesta sexta-feira, 3, o promotor de Justiça Criminal de Canoas, Amilcar Fagundes Freitas Macedo, prestou esclarecimentos sobre a investigação que resultou na prisão do sargento da Brigada Militar Cesar Rodrigues de Carvalho. Ele é suspeito de extorquir contraventores de máquinas caça-níqueis em Canoas, na Região Metropolitana. Conforme Amilcar Macedo, informações recebidas nesta manhã apontam que um Oficial da BM também pode estar envolvido no crime.

Segundo o Promotor, a Operação Agregação, composta pela Promotoria Criminal de Canoas, Núcleo de Inteligência do MP e Sessão de Inteligência do Comando de Policiamento Metropolitano, teve início há três meses, após o recebimento de informações de que um contraventor estaria sendo extorquido pelo policial há dois anos, em valores mensais que chegavam a R$ 6 mil. “Semanalmente o servidor da Brigada Militar passava na casa do denunciante para recolher o dinheiro. Para isso, utilizava carros da Casa Militar do Governo do Estado, local onde estava lotado”.

Amilcar Macedo explicou aos jornalistas o motivo pelo qual a prisão preventiva foi cumprida nesta manhã. “A ideia da equipe era primeiro aprofundar os trabalhos. Mas chegamos à conclusão de que ele estava nos investigando, fazendo uso de medidas de contrainteligência e boicotando o trabalho que vinha sendo desenvolvido”. Em apenas uma semana, o policial fez, aproximadamente, 1.200 pesquisas sobre dados de outras pessoas. Entre os perfis acessados, além de um dos integrantes da equipe de investigação da Operação Agregação, estão um Senador da República, um ex-Ministro de Estado, um integrante do 5º Comando Aéreo Regional e Delegados de Polícia.

O Promotor também frisou aos jornalistas que os trabalhos de investigação foram baseados em critérios absolutamente técnicos. “Nenhuma atitude foi tomada sem autorização judicial. Nem mesmo naquelas hipóteses em que as medidas poderiam ser adotadas diretamente pelo Promotor”, esclareceu. Amilcar revelou, ainda, que as investigações continuam e que existe a suspeita de que a prática de extorsão também pode ter sido adotada em relação a outros contraventores.



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