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Promotoria Regional da Bacia Taquari e Antas faz vistoria técnica em agrofloresta de Roca Sales

Promotoria Regional da Bacia Taquari e Antas faz vistoria técnica em agrofloresta de Roca Sales

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No último dia 28, a Promotoria de Justiça Regional de Meio Ambiente da Bacia Hidrográfica dos rios Taquari e Antas realizou uma visita técnica em uma localidade de Arroio Augusta, interior de Roca Sales. A promotora de Justiça Andrea Barros, acompanhada do secretário do Meio Ambiente do município de Estrela e do engenheiro agrônomo e proprietário da área, Arli Volken, foi ao local para conhecer o tipo de atividade, que se mostra como alternativa para transformar a mata ciliar recuperada ou em recuperação – desde que aprovado plano de manejo pelo órgão técnico – em área economicamente interessante aos ribeirinhos e viável em termos de ecossistema.

Parte da área, que possui 3,5 hectares no total, é de plantio de cerejeiras nativas em meio a mudas de espécies nativas da região, como cedro e jacarandá. As cerejeiras, cujas mudas foram plantadas há cinco anos, concentram-se às margens do Arroio Augusta, onde há mata nativa preservada e com adensamento. Já mais distante da reserva legal, o plantio é ampliado e inclui plantas exóticas como pitaya e maracujá. “As agroflorestas são uma das formas de utilização da mata ciliar recuperada ou em recuperação do Rio Taquari. Trata-se de uma proposta economicamente interessante ao ribeirinho, a ser construída com eles e com as equipes técnicas, motivo por que houve a realização da visita técnica”, analisou a promotora de Justiça Andrea Barros.

SISTEMAS AGROFLORESTAIS

Conforme a Embrapa, os sistemas agroflorestais são consórcios de culturas agrícolas com espécies arbóreas que podem ser utilizados para restaurar florestas e recuperar áreas degradadas. A tecnologia ameniza limitações do terreno, minimiza riscos de degradação inerentes à atividade agrícola e otimiza a produtividade a ser obtida. Há diminuição na perda de fertilidade do solo e no ataque de pragas. A utilização de árvores é fundamental para a recuperação das funções ecológicas, uma vez que possibilita o restabelecimento de boa parte das relações entre as plantas e os animais.

Ainda segundo o órgão federal, os componentes arbóreos são inseridos como estratégia para o combate da erosão e o aporte de matéria orgânica, restaurando a fertilidade do solo. Na fase inicial de recuperação, deve ser feito o plantio de árvores de rápido crescimento, para acelerar a disponibilidade de biomassa, o que irá promover a ciclagem de nutrientes e permitir o plantio de espécies mais exigentes. Há melhoria na estrutura e na atividade da fauna do solo e maior disponibilidade de nutrientes. É alcançado um equilíbrio biológico que promove o controle de pragas e doenças.

Na mesma área, é possível estabelecer consórcios entre espécies de importância econômica, frutíferas e hortaliças. Podem ser introduzidas espécies de leguminosas para uso como adubo verde, as quais são roçadas, e espécies de leguminosas arbóreas, que, com a mesma finalidade, são podadas, visando à deposição de material orgânico sobre o solo. Além de contribuir para a conservação do meio ambiente, os benefícios dos sistemas agroflorestais despertam o interesse dos agricultores, pois, como estão aliados à produção de alimentos, permitem oferecer produtos agrícolas e florestais, incrementando a geração de renda das comunidades agrícolas.



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