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Vereadores condenados por extorsão

Vereadores condenados por extorsão

marianaml
Paulo Lucas e Reni Tolentino tentaram extorquir dinheiro do então prefeito, Valdecir Mucillo. Eles foram condenados no ano passado por improbidade administrativa

O ex-vereador de Cachoeirinha Paulo Lucas e o atual vereador Reni Tolentino foram condenados pelo crime de concussão (extorsão cometida por funcionário público). Em 2003, eles tentaram obter 10 mil reais do ex-prefeito do Município, Valdecir Mucillo, para não colocar as contas relativas à gestão dele em votação no plenário da Câmara dos Vereadores.

As contas de Mucillo haviam sido reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado e, se fossem votadas, poderiam impossibilitar sua candidatura à reeleição em 2004. Foi ele próprio quem fez a denúncia ao Ministério Público, de posse de uma conversa gravada. A partir de então, o promotor de Justiça Amilcar Fagundes solicitou as interceptações telefônicas dos suspeitos. No dia marcado para a entrega do dinheiro, uma operação conjunta do Ministério Público e da Polícia Civil prendeu Telmo Luiz Silva, responsável por receber a quantia.

PENAS

A sentença do Fórum de Cachoeirinha prevê para Reni Tolentino pena de dois anos e três meses de reclusão em regime aberto e o pagamento de 20 dias-multa no valor de um décimo do salário mínimo. No entanto, a pena privativa de liberdade foi substituída por duas penas restritivas de direitos. Tolentino pode, portanto, perder o cargo de vereador, além de ter que cumprir uma hora de serviços por dia da pena aplicada.

A juíza interpretou como um agravante o fato de Paulo Lucas ser, na época, presidente da Câmara de Vereadores. Por isso, ele cumpre pena de dois anos e seis meses de reclusão, três meses a mais que Tolentino. Os dois, que foram condenados também em primeira instância por improbidade administrativa no ano passado, ainda podem recorrer da decisão. “Estes crimes de corrupção sempre chocam muito. Mas este caso teve, na minha concepção, um trâmite muito lento”, afirma o promotor Amilcar Fagundes.

Telmo Silva e o assessor de Paulo Lucas, Moisés Kinevtz, foram absolvidos da sentença. Silva aceitou a delação premiada e revelou como aconteceram as negociações, enquanto Kinevtz, no entendimento do promotor, serviu apenas de “laranja”, não sendo possível provar sua participação no esquema.

(Por Mariana Lenz, com informações do Diário de Cachoeirinha)



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