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Sete PM's no banco dos réus

Sete PM's no banco dos réus

marco
Os militares se envolveram numa perseguição na Zona Sul de Porto Alegre que acabou na morte de um taxista

Sete policiais militares envolvidos em uma perseguição policial na Zona Sul da Capital, que resultou na morte de um taxista, serão julgados nesta sexta-feira, 29, a partir das 9h, na 1ª Vara do Tribunal do Júri de Porto Alegre. A vítima foi assassinada por ser confundida com um ladrão. O crime ocorreu na manhã de 3 de março de 2002, após perseguição iniciada na Estrada Chapéu do Sol, no bairro Ponta Grossa, e finalizada na rua Inhanduí, no bairro Cristal. O promotor de Justiça Luís Rogério Lima Tavares representará o Ministério Público no plenário.

Sílvio José Prestes Barboza, Rui César Dias de Freitas, Ildo Moura de Paula e André Batista Lher, do 1º Batalhão de Polícia Militar, e Rui Ribeiro Gomes, Roberto Gonçalves Pereira e José Fernando Tavares, do Destacamento Especial da Restinga, foram denunciados por homicídio pelo Ministério Público. Mas Rui Ribeiro Gomes da Silva e José Fernando Tavares, também responderão pelo delito previsto no artigo 132 do Código Penal: “expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente”. Durante a ocorrência ambos transportavam uma vítima de acidente de trânsito na viatura 3631 do DER.

A vítima é Maurício Vieira de Lima, que morreu aos 28 anos com tiros nas costas. A perseguição começou após a Brigada Militar ser informada por taxistas do furto do veículo Uno placas LBA 2053. Cinco viaturas tripuladas por brigadianos se envolveram no episódio. E pelo o que foi apurado, o que motivou o cerco policial ao táxi prefixo 1346 foi a demora na devolução do carro. Lima deveria ter entregue o táxi no sábado à noite ao homem que trabalhava com o veículo, mas na manhã de domingo ainda continuava com ele.

Maurício Lima foi algemado de bruços sobre a calçada, onde ficou desfalecido, já em estado crítico de hemorragia, em conseqüência dos disparos recebidos. Encaminhado ao HPS, não resistiu. No trajeto da perseguição automobilística em alta velocidade houve vários disparos de armas de fogo na tentativa de interceptar o veículo. E a viatura 3631, que levava uma vítima de acidente, só interrompeu a busca porque colidiu contra o táxi.



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