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Trabalho da mídia no combate à corrupção ganha destaque em congresso

marco

O jornalista da Rede Globo José Roberto Burnier e o diretor de Produto do Grupo RBS, Marcelo Rech, abriram a tarde de palestras do segundo e último dia do 1º Congresso Nacional da Campanha do Ministério Público denominada “O que você tem a ver com a corrupção?”, que acontece na sede da Instituição, em Porto Alegre. Eles participaram do painel “Corrupção: o que a mídia tem a ver com isso?”, mediado pelo coordenador da campanha no Rio Grande do Sul, promotor Cesar Faccioli.

Inicialmente, Faccioli agradeceu a disposição dos painelistas em participar do evento e lembrou que a ideia central da campanha é uma divisão ampla de responsabilidades. “Não queremos centralizar o problema em um grupo específico. É muito fácil apontar para Brasília e dizer que é lá que está o problema. Na verdade todos precisam assumir sua parcela de responsabilidade”, conclamou.

Em sua fala, José Roberto Burnier saudou a realização de um congresso específico para tratar sobre corrupção. Sobre o trabalho da mídia na apuração de fatos ilícitos, o repórter classificou como “bobagem” a ideia de se estabelecer um controle sobre os meios de comunicação. “Erros são cometidos por jornalistas, que por vezes praticam o denuncismo, mas há os organismos de defesa para aqueles que se sentem atingidos”, destacou. Burnier também defendeu a necessidade da sociedade brasileira “olhar para dentro”. Segundo ele, muitos do que apontam o dedo para os corruptos não têm ética dentro de casa. “Precisamos começar melhorando nosso comportamento. Ser ético é fazer a coisa certa quando ninguém está olhando. A qualidade moral está no cerne do debate sobre a corrupção”.

Na sequência, o segundo palestrante, Marcelo Rech, destacou que Ministério Público e Imprensa “são duas das últimas trincheiras de instituições formais na defesa contra o assalto aos cofres públicos”. Ele ressaltou que a investigação jornalística apenas engatinha no Brasil e que há muitas denúncias e apenas parte delas é apurada. O jornalista também apontou outro entrave no combate à corrupção: o precário acesso a informações públicas, que segundo ele “está muito mais no discurso do que na prática. Rech encerrou sua fala apontando alguns antídotos para banir a corrupção. Entre eles a mudança na forma de preenchimento de cargos no país, alteração no financiamento de campanhas políticas, repressão social a pequenos e grandes atos ilícitos, não eleição de políticos corruptos e punição efetiva dos responsáveis pela corrupção.



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