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Memorial do Ministério Público recebe painel sobre Júlio de Castilhos

marco
Evento foi promovido pelo Memorial do Ministério Público, pelo Museu Júlio de Castilhos e pelo Memorial do Judiciário

No dia que marcou um século e meio do nascimento de Júlio de Castilhos, nesta terça-feira, 29 de junho, o Memorial do Ministério Público recebeu três estudiosos sobre esta figura histórica, de orientação positivista, presidente do Rio Grande do Sul por duas vezes e autor da Constituição Estadual de 1891. Os painelistas do encontro foram o procurador de Justiça aposentado Miguel Frederico do Espírito Santo e o doutor em filosofia e professor da Ufrgs Nelson Fernando Boeira, com mediação do desembargador José Carlos Teixeira Giorgis, coordenador do Memorial do Judiciário. O evento foi promovido pelo Memorial do Ministério Público, pelo Museu Júlio de Castilhos e pelo Memorial do Judiciário.

Conforme a supervisora do Memorial, Mauren Jardim Gomes, o trabalho dá continuidade a uma parceria iniciada no ano passado, que viabilizou a formação do Caminhos da Matriz, roteiro turístico que percorre, além do Palácio do MP, o Museu Júlio de Castilhos, o Palácio Piratini, o Solar dos Câmara e o Memorial do Judiciário. Ela também destacou a importância da atividade, no sentido de aprofundar o conhecimento de uma das figuras mais importantes da política gaúcha e da própria história do Rio Grande do Sul.

O desembargador José Carlos Teixeira Giorgis, na introdução dos painéis, lembrou que Júlio de Castilhos ficou reconhecido por uma personalidade forte, como um dos maiores admiradores de Augusto Comte e do ideário positivista, claramente expresso na Constituição Estadual de 1891, “que representa uma paradigma do positivismo no mundo”.

A formação educacional e política deste personagem foi o tema abordado por Miguel Frederico Espírito Santo. Segundo ele, há muitas controvérsias em torno do político. Ele buscou traçar um panorama histórico que, para além do amplamente difundido autoritarismo de Júlio de Castilhos, colaboraram para a eclosão da Revolução Federalista (que durou de 1893 a 1895), como a estagnação econômica, administrativa e a realidade social difícil, que foram marcas do Rio Grande do Sul naquele período.

Já o professor Nelson Fernando Boeira expôs argumentos com o intuito de provocar, no público presente, uma reflexão que desfizesse “estereótipos construídos em torno da personalidade de Júlio de Castilhos”. De acordo com o professor, as qualidades dele tendem a ser negadas pelo já conhecido caráter autoritário. “É necessário mostrar não apenas como ele fez sua época, mas como a época fez Júlio de Castilhos; não apenas seu espírito de liderança, mas também as características da sua geração, contrabalançando as duas coisas”, defendeu Nelson Fernando Boeira.

Além dos painéis, o público também pode visualizar objetos de uso pessoal e documentos da época de Júlio de Castilhos. Uma pequena exposição foi montada com peças do acervo do museu que leva o nome do presidente do Rio Grande do Sul, uma das instituições museológicas mais antigas do Estado. O local abriga aproximadamente 12 mil itens que contam a história do Rio Grande do Sul.



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