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Caso Eliseu: Justiça atende MP e recebe denúncia contra mais três pessoas

marco
Os promotores de Justiça Lúcia Callegari e Eugênio Amorim assinaram o aditamento à denúncia que foi acolhida pelo juiz Angelo Ponzoni

O Ministério Público denunciou mais três pessoas como implicadas na morte do ex-secretário de Saúde de Porto Alegre, Eliseu Santos. O presidente Municipal do PTB, José Carlos Elmer Brack, 66 anos, o presidiário Jonatas Pompeu Gomes, 20, atualmente recolhido no Instituto Penal de Viamão, e Cássio Medeiros de Abreu, 20, enteado do ex-assessor Marco Antônio Bernardes. Os três nomes constam no “aditamento à denúncia”, feito pelos promotores de Justiça Lúcia Helena Callegari e Eugênio Paes Amorim, que foi recebida na noite desta sexta-feira, 21, pelo juiz Angelo Furlanetto Ponzoni – que no momento substitui a Juíza titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri. Agora a peça acusatória possui 11 envolvidos no assassinato que ganhou grande repercussão no Estado.

CRIME

Eliseu Santos, 63, foi morto a tiros quando saiu acompanhado da mulher e da filha de um culto religioso e embarcava em seu carro, que estava estacionado na rua Hoffmann, no bairro Floresta. De acordo com os Promotores de Justiça, o crime ocorrido em 26 de fevereiro foi cometido por motivo torpe, com utilização de meio que pode causar perigo comum, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e para assegurar a impunidade em outro delito. Os envolvidos também agiram motivados por vingança.

ADITAMENTO

O aditamento tem 23 laudas com a descrição de nove fatos. Nele o Ministério Público narra que José Carlos Brack concorreu para a prática do delito na medida em que também planejou e determinou a execução da vítima e prestou apoio moral e certeza de eventual auxílio a seus comparsas. Ainda cometeu crimes de corrupção passiva prevalecendo-se da ascensão e influência que exercia junto à Secretaria Municipal da Saúde.

Quanto a Jonatas Pompeu Gomes, auxiliou indicando seu irmão Eliseu Pompeu Gomes para a execução do homicídio, fazendo contato telefônico com o mesmo no dia do crime, bem como mantendo contatos para que recebesse atendimento discreto após ser ferido e obtivesse êxito na fuga. “Ele era o elo de ligação entre os executores e os mandantes, trabalhou na empresa Reação e se encontra cumprindo pena em regime semiaberto desde 23 de janeiro deste ano”, frisa Lúcia Callegari.

Já Cássio Medeiros de Abreu concorreu para o crime na medida em que sob ordens recebeu vantagem indevida, bem como prestou apoio moral e certeza de eventual auxílio de seus comparsas.

DOCUMENTOS

Lúcia Callegari revela que após a denúncia das oito pessoas envolvidas no crime, uma série de documentos e e-mails foram remetidos ao Ministério Público, “os quais tive obrigação de verificar a veracidade”.

Diante da realidade apresentada, a Promotora não tem dúvidas de que está diante de um homicídio “orquestrado por diversas pessoas sob o comando geral de pessoa influente, dirigente de partido político, que estava preocupado com o que a vítima sabia e com seu hábito de dizer o que sabia e também de procurar as autoridades”.



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