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Ação pede perda da função pública de policiais civis que simularam operação para roubar carga de cigarros

Ação pede perda da função pública de policiais civis que simularam operação para roubar carga de cigarros

flaviaskb

O MP de Tapes ajuizou uma ação civil pública de responsabilidade por atos de improbidade administrativa contra cinco policiais civis, três representantes comerciais e um freteiro por envolvimento no roubo de uma carga de 330 caixas de cigarros contrabandeados, ocorrido em 27 de maio de 2014. A ação, assinada pelo promotor de Justiça Daniel Soares Indrusiak, foi ajuizada nesta terça-feira, 22. O MP pede que, ao final do processo, seja decretada aos policiais civis a perda da função pública e dos valores acrescidos ilicitamente, o ressarcimento integral do dano, a suspensão dos direitos políticos por dez anos, bem como o pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e a proibição de contratar com o Poder Público.

Os demandados são os inspetores de polícia Marcel Collen, Marcelo Ferreira Vaz da Silva e Roberto Schulze, os escrivães de polícia Thiago Luvizetto Selistre e Álvaro de Aguiar Flores, além dos representantes comerciais Jackson Brocker de Oliveira, Alessandro So Brocker e Anderson So Brocker, bem como o freteiro Sérgio Luiz Bonetto Filho.

Conforme a ação, a conduta ímproba é atribuída aos agentes policiais – funcionários públicos estaduais –, bem como aos demais investigados, que de maneira associada e utilizando-se de informações obtidas junto à 1ª Delegacia de Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais da Polícia Civil, passaram a cometer crimes como peculato, prevaricação, receptação e organização criminosa e, consequentemente atos de improbidade administrativa.

O inquérito civil foi instaurado a partir do recebimento de documentos encaminhados pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil, que gerou, também, denúncia contra os envolvidos. Os policiais, munidos de informações obtidas durante o exercício de suas funções policiais, passaram a monitorar carga de mercadorias contrabandeada, que estava em um sítio na localidade de Araçá, na cidade de Tapes. Utilizando uma viatura policial, eles foram até o local, simularam uma operação de apreensão de produtos ilícitos e removeram a carga para a residência dos três representantes comerciais (utilizada como depósito e ponto de comercialização), com a ajuda do freteiro, que conduziu um caminhão-baú.

Assim, os policiais também deixaram de praticar ato de ofício para satisfazer interesses pessoais, já que, mesmo ao se depararem com o flagrante criminal, deixaram de proceder à prisão dos flagrados porque tinham interesse em obter benefício econômico com as mercadorias (avaliadas em R$ 240 mil). A situação gerou, além do descumprimento ao Código Penal, atos de improbidade, como enriquecimento ilícito, prejuízo ao erário público e ações contra os princípios da administração pública – legalidade, moralidade, impessoalidade e honestidade.



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